quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Escola Maria do Carmo Viana - estágio 2(foto7)


Estagiária Suelen Ministrando a aula

Escola Maria do Carmo Viana - estágio 2(foto6)

Escola Maria do Carmo Viana - estágio 2(foto5)


Estagiaria Lucélia Ministrando a aula
Ministrando aula de Língua Portuguesa

Escola Maria do Carmo Viana - estágio 2(foto4)


Exposição das dinâmicas

Escola Maria do Carmo Viana - estágio 2(foto3)

Preparando os alunos para a dinâmica

Escola Maria do Carmo Viana - estágio 2(foto2)


Professor Carlos com seus queridos alunos

Escola Maria do Carmo Viana - estágio 2(foto1)

As acadêmicas com o professor Carlos e a turma 1032/1033

Escola Maria do Carmo Viana - resenha estágio 2

Repensando o objeto de ensino de uma aula de português. In: ANTUNES, Irandé. Aula de Português. Ed.Parábola, 2003.

Suelen Araújo da Silva

Irandé Antunes faz a explicitação de cada princípio e de suas respectivas implicações que contém inúmeras pistas acerca do que fazer e de como fazer para trabalhar a oralidade, a leitura, a escrita e a gramática nas aulas de português, de modo que o professor não tenha seguir a risca, lição por lição,os livros didático, como manda a tradição, não ser aquele que só transmite conhecimento e sim o que pesquisa, observa, levanta hipóteses, analisa, reflete, descobre, aprende e reaprende.

A autora também foca na reorientação ou na mudança que se deve fazer, explorando questões textuais ao invés de apenas mudar o modo de situar a questão, assim o texto é que vai condicionar a escolha dos itens, os objetivos que abordam e a escolha das atividades pedagógicas, fazendo com que o aluno tenha a competência do exercício mais pleno da fala, da escrita, da escuta e da leitura.O professor deve estar atento para formar em seus alunos competências para a participação eficiente em eventos como reuniões, debates,apresentações, entre outros.

Para desenvolver a escrita é preciso desenvolver atividades como pequenas narrativas,cartazes, resumos, relatórios de experiências, projetos de pesquisa, de acordo com o nível de cada estudante que vão sendo desenvolvidas ao longo do trabalho, é importante mostrar que a escrita esta presente em nós e em nosso mundo não nos remetendo a palavras soltas ou frases inventadas, criar no aluno o hábito de planejar seu próprio texto e revisando-o, sem se culpar com o que errou desencadeando um objetivo claro.

Além dos textos produzidos pelos alunos, a leitura poderia abranger fábulas, contos, crônicas, editoriais, avisos, folhetos, cartazes, charadas, etc. São diversos os tipos de textos, compete ao professor ajudar o aluno a identificar os elementos típicos de cada gênero.

Antunes explora também os seguintes assuntos: o uso do substantivo, o uso dos adjetivos ou das locuções adjetivas, o uso dos verbos, o uso dos pronomes pessoais, possessivos e demonstrativos, o uso das conjunções, de expressões relacionais ou de partículas de transição, o uso das preposições, a amplificação do vocabulário, em suas relações de sinonímia, de hiperonímia, de antonímia, de homonímia,de partonímia, o uso dos artigos definidos e indefinidos, a concordância verbal e a nominal e os sinais de pontuação,fazendo uma análise lingüística e usando recursos para ajudar o professor a facilitar a compreensão deles para o aluno, mostrando sua importância e as diversas possibilidades que o educador tem de trabalhar tarefas , alargando as opções de estudo e desenvolvendo a aprendizagem destes assuntos.

A análise de frases soltas e descontextualizadas não favorecem o reconhecimento entre linguagem e seus contextos de uso assim, a autora nos mostra que dependendo do contexto pode haver vários significados, por isso a análise dos fatos lingüísticos é preciso, assim como a prática de produção de textos em sala e discussões sobre como escrever um texto, como decidir-se quanto ao gênero em que vai escrever, é preciso trabalhar tanto o formal quanto o informal “ ...pois a língua, de fato, acontece, na imensa heterogeneidade de seus usos e de suas formas...” O aluno também precisa de uma escrita suficientemente motivada tendo elementos que fazem parte do seu cotidiano o levando a criar, planejar, escrever assim o motivando.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II: NOITE

INTRODUÇÃO

O presente trabalho relata o desenvolvimento do estágio supervisionado II: Docência em Língua Portuguesa do curso de Licenciatura Plena em Letras Português/Francês do Instituto de Ensino Superior do Amapá – IESAP, realizado pelas acadêmicas: Letícia Alves, Gércica Mendes e Mirlla Wanne da turma 5-LIC-FT sob orientação da professora Fádia Cristina da Silva.
O relatório esta dividido em cinco etapas que estão interligadas entre si, sendo que a primeira contém dados referentes as acadêmicas responsáveis pela realização do estágio, além de informações sucintas inerente a escola estagiada. Na segunda etapa é apresentado o referencial teórico que evidencia autores renomados, além de estudos que regem a educação como: Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) e os Endipes (Encontros nacionais de Didática e Prática de Ensino) que serviram como embasamento e suporte teórico imprescindível a intervenção espaço escolar.
Assim, no terceiro momento é feita uma descrição minuciosa dos dias de observação que proporcionaram um diagnostico pormenorizada da dinâmica escolar, bem como informações referentes a estrutura física, histórico escolar, corpo docente e discentes.
No quarto momento é apresentado o detalhamento do estagio que demonstra o momento de intervenção nas aulas de Língua Portuguesa, evidenciando suas respectivas datas e ações desenvolvidas. Ademais, na quinta etapa é feita as considerações finais que esclarecem a relevância do estágio supervisionado na construção da identidade dos futuros professores.

1. IDENTIFICAÇÃO

1.1. Dados dos Estagiários
Gércica dos Santos Mendes
Letícia Alves Sousa
Mirlla Wanne Souza de Sousa

Curso de Licenciatura Plena em Língua Portuguesa / Francesa
5º período – Turma 5 LIC-F-T – Ano 2010-12-11

Inicio da disciplina Estágio Supervisionado em 03 de agosto e termino em 11 de dezembro de 2010, perfazendo um total de 150 horas.

1.2 Dados da Escola – Campo de Estágio
Maria de Nazaré Pereira Vasconcellos, localizada na Rua das Oliveiras, n° 372, Pedrinhas, cidade de Macapá.

Professora colaboradora: Maria da Conceição Pessoa da Silva, 3ª BD, 3ª AC, 4ª A do Ensino Fundamental da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

2.REFERENCIAL TEÓRICO

Atualmente a educação está sendo um assunto bastante abordado na sociedade, onde pode-se constatar a necessidade de mudança em termos profissionais (formação, renumeração, valorização, etc.) pedagógicos (desinteresse dos alunos, indisciplina, baixa aprendizagem, etc.) institucionais (numero de alunos, instalações, materiais, etc.) em que podemos analisar e avaliar as dificuldades presentes no ambiente escolar por meio do estágio supervisionado, pois é um aspecto imprescindível para os profissionais que estão no meandro da licenciatura, por incitar uma visão contundente do cotidiano inerente à escola, sobretudo a de auxiliar o estagiário a construir sua identidade baseada nas diversas práticas.
Segundo Pimenta e Lima o estágio serve de parâmetro curricular nos cursos de formação de professores possibilitado que sejam abordadas questões primordiais para a construção da identidade do profissional da educação, assim para vivenciar esse processo é de suma importância que o educador esteja consciente e convicto do desejo de engrenar nesse processo identitáro, considerando os aspectos subjetivos da profissão, ou seja, que o individuo se identifique com tal exercício e assim possa desempenhar com destreza sua função formulando um trabalho construtivo e de qualidade.
Para isso as autoras explanam a necessidade de que o educador não somente esteja entrelaçado ao conhecimento que se converterá no conteúdo de ensino, mas também ao domínio de recursos teóricos e metodológicos para uma melhor transmissão e socialização de tais conhecimentos. Dessa forma atentam para a questão de que se cursos em seu processo de profissionalização garantem a qualidade teórico cientifica, mas são fragilizados á medida em que o aprendizado pleno da profissão é adquirido quase que sozinhos pelos educadores evidenciando assim o marasmo do processo educacional.
Ademais, Pimenta e Lima ainda esclarecem as contribuições dadas pelos Endipes (Encontros nacionais de Didática e Prática de Ensino) que proporcionam uma continua discussão acerca da relação professor - aluno servindo como lócus de formação e auxiliando ainda mais na construção da identidade dos profissionais da educação. Assim podemos constatar que o estágio é um fator decisivo para a formação do educador, já que possibilita uma visualização contundente da díade do professor no ambiente educacional.
No que tange o caráter do professor de ensinar ou transpassar os seus conhecimentos aos seus alunos Paulo freire (2000, pg. 37) afirmar:

Não é possível pensar os seres humanos longe, sequer da ética, quanto mais fora dela. Estar longe ou pior, fora da ética, entre nós, mulheres e homens, é uma transgressão. É por isso que transformar é amesquinhar o que há de fundamental humano no exercício educativo: o seu caráter formador. Se se respeitar a natureza do ser humano, o ensino dos conteúdos não pode dar-se alheio à formação moral do educando. Educar é substantivamente formar.

Dessa forma, os futuros docentes têm que estar apito para saber construir a formação do seu aluno, do modo que o professor tem como tarefa fundamental ser portador da esperança de uma educação melhor, pois o mundo onde vivemos não abre espaço para uma melhoria no ambiente escolar, assim Vasconcellos (2001, pg.53) apresenta para os seus leitores que devemos,

Confrontarmos com a idéia de que o mundo que estar aí é este mesmo e que não há outra saída, precisamos recuperar a capacidade de sonhar, resgatar a utopia de um mundo melhor, ter uma visão de futuro, ter coragem de ousar, propor.

De acordo com os pcns buscam construir uma proposta nacional para a escola, sendo que a nomenclatura desses documentos é uma forma de procurar uma flexibilidade devido ao caráter genérico dos objetivos, conteúdos, avaliações e orientações pedagógicas contidas no documento (pg. 185), assim querem incitar que desenvolvem suas orientações de uma forma global, tudo com o intuito de oportunizar as escolas que se adequem a essas propostas de acordo com suas particularidades em decorrências das variações existentes entre regiões, cultura, meio social, etc., de modo possam garantir a aprendizagem dos alunos. Ademais, os pcns apresentam a língua portuguesa como instância que precisa estar centrada na admissão das variedades lingüísticas próprias do aluno, para que assim lhe seja permitido à conquista de novas habilidades lingüísticas, particularmente daquelas associadas aos padrões da escrita. Sobretudo, sempre que a razão de ser das propostas de uso da fala e da escrita é a interlocução efetiva e não a produção de textos para serem objetos de correção, além disso, as situações didáticas devem ter como objetivo proporcionar ao aluno pensar sobre a linguagem para poder compreende - lá e utiliza – lá apropriadamente as situações e aos propósitos.
Ao trabalho com a língua materna os pcns no ensino fundamental sugerem de forma premente a ampliação do aluno ao domínio ativo do discurso nas diversas situações comunicativas, sobretudo nas instancias publicas de uso da linguagem, de modo a possibilitar sua inserção efetiva à prática da escrita, ampliando assim, suas possibilidades de participação social no exercício da cidadania. Nessa perspectiva é sugerido como unidade básico, contemplar nas atividades de ensino as diversidades de textos e gêneros que justamente evidenciam essas diferentes formas de comunicação imprescindíveis ao processo educacional.
Tal que o ensino da língua materna aborda a questão da leitura, da escrita e da produção de textos na educação da língua portuguesa, os gêneros que merecem uma abordagem mais aprofundada e ainda que caracterizem os usos públicos da linguagem. Dessa forma, os textos a serem selecionados são os que, por suas características e usos podem incitar a reflexão mais elaborada o que é primordial para a plena participação numa sociedade letrada.
Referente à EJA percebe-se claramente que tais documentos encaminham a prática pedagógica para o gênero do discurso que através disto possibilita o aluno um melhor aprendizado, pois por meio de uma pratica constante de escuta de textos orais, leitura de textos escritos e de produção de textos orais e escrita os discentes podem aplicar em suas práticas sociais valorizando sua autoestima para que os jovens tenham condições de trabalho adequado.
Assim Antunes (2003) propõe uma nova maneira de ensinar a oralidade, leitura, escrita e gramática nas aulas de português, através de textos, ou seja, tendo como foco o objeto de ensino para que os docentes não se priorizem na mesmice dos livros didáticos, aprendendo a criar seus programas de aula.
A autora apresenta várias estratégias para trabalhar a análise sintática e morfológica dentro dos textos. Ao descrever essas habilidades a ser utilizada, inicia-se com a definição do conteúdo programático que consiste em torno de exercícios mais plenos, fluentes e interessantes da fala e da escrita, incluindo a escuta e a leitura para um processo de ensino e aprendizagem. Para desenvolver a capacidade de falar e ouvir são apresentados vários métodos que o docente pode empregar na sala de aula, essas atividades em torno da oralidade devem privilegiar o uso mais formal do discurso oral, pois, assim os discentes percebem a diferenças lexicais, sintáticas, discursivas que caracterizam a fala formal e a fala informal.
Para que o aluno aprenda a escrever textos complexos primeiramente ele precisa planejar, escrever e em seguida revisar e reformular seu texto, conforme cada caso, para deixá-lo na versão definitiva. Evidente que esse caminho de aprendizado da escrita deverá acontecer gradativamente, dependendo do grau de destreza que os discentes vão demonstrando. Assim propõe que os textos escritos pelos alunos sejam aproveitados no momento em que o professor trabalhar a leitura, além de poemas, fábulas, contos, quadrinhos, provérbios populares, etc., nesta amostragem pode-se observar a quantidade de gêneros textuais que o professor deve providenciar para os seus alunos, assim faz com que os discentes percebam a multiplicidade de usos e de funções a que a língua se presta, observando que a língua que ele estuda é a mesma que circula em seu meio social. Portanto, a leitura deixaria de ser uma tarefa escolar, um simples treino de decodificação, uma oportunidade de avaliação para ser junto com outras atividades, uma forma de interação do aluno com a vida de seu meio social.
Em suma Antunes demonstrar que o professor tem que usar a gramática e os textos juntos, pois ambos não podem trabalhar separadamente, ou seja, mesmo quando se está fazendo a análise lingüística de categorias gramáticas o objeto de estudo é o texto.
Portanto, as grandes mudanças ocorridas na educação durante as décadas, trazem aos profissionais da educação reflexões de suas práticas educativas e administradoras, pois, essas transformações que afetam não somente a educação, mas também a política, economia e o funcionamento do país como um mundo integrado, vêm proporcionar a necessidade de uma administração escolar mais democrática e participativa.
Dentre essas questões que deverão ser revistas está o currículo escolar onde esse deve ser moldado perante a realidade social e cultural dos alunos, assim por meio do estágio constatamos as dificuldades inerentes a esse contexto. Sendo assim, observou-se, em linhas gerais, que a articulação entre a teoria e a prática do estágio tem sido favorável em determinados aspectos da prática docente. Os professores têm se esforçado para relacionar os conteúdos escolares a aspectos da vida dos alunos objetivando o desenvolvimento cognitivo dos mesmos.

3.DADOS DA ESCOLA CAMPO

3.1. HISTÓRICO

A escola foi criada pelo decreto n° 0813 de 24.03.99. Inaugurada em agosto de 1995, com o nome “Escola das Pedrinhas”, fica situada na Vila das Oliveiras, 372, no bairro das Pedrinhas. No inicio contava com 560 alunos distribuídos na pré-escola e 1ª a 4ª serie. Estes alunos vieram da Escola Zolito de Jesus Nunes e Centro de Aprendizagem do Amapá- CENAP.
Na época de sua inauguração o Estado era governado por João Alberto Capiberibe e tinha como secretário o professor Carlos Nilson da Costa.
No ano de 1998 durante uma reunião entre professores, funcionários e comunidade, foi colocado em votação o nome da escola, sendo o da Professora Maria de Nazaré Pereira Vasconcelos aceito por todos.
A referida professora era muito conhecida pela sua dedicação e amor a profissão. Varias portarias lhes foram confiadas pelo desempenho e colaboração na execução dos trabalhos que desenvolvia.
Nasceu no dia 10 de julho de 1943 natural do Amapá-Ap, filha de Delmiro Izaias Pereira e Maria da Silva Pereira. A professora Maria Nazaré Vasconcelos casou-se com Raimundo Santos Vasconcelos com quem teve 06 (seis) filhos (as). Residia na Av.: dos Xavantes,97 Beirol. Atuou como professora no ensino primário, 1ºe 2º graus no território Federal do Amapá, alem de ter feito vários cursos e treinamentos para o aperfeiçoamento do exercício do magistério. Desenvolveu suas atividades na Escola Paroquial São Pedro. Foi aposentada somente no ano de 1986, Quando ate então atuava como professora na Escola Zolito Nunes. Falesceu em 09 de setembro de 1996.
A Escola Estadual Maria de Nazaré Pereira Vasconcelos, durante esta década passou por algumas reformas: construção de algumas salas, mudança no quadro docente, implantação do Ensino médio.
Manter 03 modalidades: Ensino Fundamental 1º a 8º series, Educação de Jovens e Adultos (EJA)1º a 4º Etapa e o Ensino Especial. No ano de 2009, em função do reordena mento escolar, excluiu a 1ª serie e matriculou a partir da 2ª serie, mantendo uma media de 1800 alunos distribuídos em 17 salas de aula. No ano de 2009 como recursos de aprendizagem tem: Telessala, sala de leitura, sala de leitura, biblioteca, laboratório de informática, e laboratório móvel de ciências.
Contou com administração dos (as) seguintes diretores (as): Maria Luiza Moraes da Silva, ano de 1995, Paulo Bezerra Nascimento, ano de 2007, auxiliado pelo secretario administrativo Melquezedeque Nunes Monteiro e as secretarias escolares Williana Alberto Borges, ano de 1995, Maria Rita Mendes Duarte, ano de 2004, Maria Zelinda Nunes Marques, ano de 2008 e atualmente Maria de Fátima dos Santos Picanço, que muito colabora com o desenvolvimento da escola. Atualmente conta com a administração da professora Marcilene dos Santos Costa, auxiliado pelo diretor adjunto Amélio Trindade, secretária Escolar Maria Zelinda Nunes Marques e das Técnicas: Mariza Dias, Lívia Flora Freitas Souza, Marly da Cunha Sá, e Edilene Santos Abreu e ainda 107 professores e funcionários.

3.2. ESTRUTURA FÍSICA

A escola Maria de Nazaré Pereira Vasconcelos, recentemente passou por reformas, que tornaram a escola uma das mais belas do estado. Sua estrutura física é construída em alvenaria, possuindo três andares onde estão dispostos os seguintes ambientes: 49 salas de aula, 01 sala dos professores, 01 Biblioteca, 33 banheiros, divididos da seguinte forma: 10 banheiros no 1º piso, 12 banheiros no 2º piso, 08 banheiros no 3º piso, 02 banheiros na quadra e 01 banheiro na copa, 01 sala destinada ao corpo técnico, 01 sala destinada à secretaria da escola, 01 sala onde funciona a direção escolar, 01 refeitório, 01 copa, 02 depósitos e uma sala destinada ao LIED, alem de um jardim ao redor da escola, com área de lazer e lanchonete.

3.3. CORPO DOCENTE

A escola conta com um corpo técnico docente composto por: 04 pedagogos com formação no ensino superior, 68 professores em sala de aula, sendo 66 com o Ensino Superior e 02 com formação do Magistério, 03 gestores, sendo 02 com ensino superior e 01 com ensino médio. Escola conta também com o pessoal de apoio, sendo eles 08 com o ensino médio e 12 com o 1º grau incompleto. Na escola há professores e funcionários dispostos em diversos ambientes com as seguintes formações: 15 professores com o nível superior, 03 professores com formação no magistério, 02 funcionários com o nível superior, 02 funcionários cursando o ensino superior, 1 funcionário com o 2º grau completo e 01 funcionário com o 2º grau incompleto.
Com o profissionalismo de todos os funcionários e a ajuda dos alunos a escola desenvolve vários projetos pedagógicos, dentre os quais destacam-se: o Vôo da Águia, Projeto de Xadrez, Projeto aprendizes da cidadania, destinado aos alunos de 1ª a 4ª serie no LIED; click para incluir destinado aos alunos concluintes no ensino fundamental em parceria com o (SENAC), como forma de incluir esses jovens e adultos no mercado de trabalho; ler e produzir: relação entre o ensino e o desenvolvimento das capacidades intectuais dos alunos, para alunos de 3ª e 4ª etapas da educação de jovens e adultos- EJA, na disciplina de oficina de trabalho; projeto trabalhando a leitura no cotidiano escolar, desenvolvido na sala de leitura; lendo e relendo o mundo, projeto da biblioteca e feira temática e cultural, criada para desenvolver a iniciação cientifica e cultural dos alunos. Outrossim, projetos como: Páscoa , Festa Junina, Projeto de Leitura, dia do estudante, IV FETEC, Festa da família, Talentos, meio ambiente e As Marias.

3.4. ALUNOS

Diagnostico final: No que se refere às turmas de 2ª a 7ª serie do E.F. (1º Turno) tem-se 575 alunos matriculados nesta modalidade sendo que: 351 foram aprovados, 107 aprovados com dependência, 71 reprovados, 22 abandonos, 19 transferidos, e 5 cancelamentos. As turmas de 5ª a 8ª serie (2° Turno) tem um numero final de 572 matriculados, onde, 275 foram aprovados, 118 aprovados com dependência, 94 reprovados, 47 abandonos, 21 transferidos, e 17 cancelamentos. Nas turmas de 1ª a 4ª Etapa (3° Turno) foram 654 matriculados, sendo que, 231 foram aprovados, 34 aprovados com dependência, 52 reprovados, 250 abandonos, 42 transferidos, e 44 cancelamentos. E na modalidade da 8ª serie (3° Turno) foram 42 matriculados onde, 14 foram aprovados, 2 aprovados com dependência, 4 reprovados, 16 abandonos, 5 transferidos, e 1 cancelamento.
Frente a estes dados e seu diagnostico geral e final, obtemos os seguintes índices da escola:

Através deste gráfico podemos considerar que a escola possui um alto índice de evasão escolar, pois, a instituição atende alunos advindos de diversas localidades da cidade de Macapá, sendo este um dos principais problemas que agravam a estatística de evasão. Esse número chega a ser maior na educação de jovens e adultos - EJA em virtude da maioria trabalhar durante o dia.

4.DETALHAMENTO DO ESTÁGIO

As atividades realizadas na Escola Estadual Maria de Nazaré Pereira Vasconcelos foram realizadas no interstício de 28 a 10 de novembro de 2010, no período da noite na Educação de Jovens e Adultos (EJA), sob orientação da professora Fádia Cristina da Silva.
O primeiro contato com a referida escola ocorreu em 28 de novembro de 2010 para entrega do ofício à orientadora da escola que as direcionou a professora de Língua Portuguesa Maria da Conceição Pessoa da Silva, para juntas acordarem os pormenores referentes às atividades a serem realizadas, bem como observações e ministração de aulas.
O retorno das acadêmicas ocorreu em 03 de novembro para observação da dinâmica escolar nas turmas 3BD e 3AC (ambas de 5° e 6° serie). A primeira continha aproximadamente 19 alunos, na qual a professora realizou primeiramente, uma revisão referente às Variantes Lingüísticas e posteriormente aplicou um exercício para fixação do conteúdo. Os alunos estavam inibidos-talvez pela presença das acadêmicas - e não fizeram muitos questionamentos a professora. Além disso, pode-se constatar que a turma era composta, predominantemente por jovens entre 15 a 17 anos, aparentemente calmos e atenciosos. Assim, a professora aplicou um exercício em que era requerida a identificação das variantes lingüísticas, aliado a interpretação do texto o que no momento da correção, incitou a participação oralmente dos alunos.
Na turma 3AC o situação foi bem diferente, a classe continha 31 alunos,sendo o espaço visivelmente incompatível com a quantidade de discentes. A professora aplicou um exercício sobre as Variantes Lingüísticas, mas não teve êxito em virtude da indisciplina dos alunos, muitos estavam dispersos ouvindo música no celular, outros com conversas paralelas, enfim, eram poucos os que estavam interessados no conteúdo regido o que prejudicou a qualidade da aula.
O dia 04 de novembro foi escolhido para uma observação pormenorizada do espaço escolar, em que as acadêmicas visitaram primeiramente a biblioteca, sendo esta localizada em uma sala organizada, mas relativamente pequena para a quantidade significativa de acervos bibliográficos existentes, a funcionária presente na sala quando questionada a cerca do número de livros didáticos declarou não ser a responsável pela referida sala e por isso não tinha conhecimento de tal informação.
Assim, as acadêmicas visitaram a secretaria escolar com o intuito de obter diversas informações tais como: Projeto Político Pedagógico (PPP);estatísticas de evasão;histórico escolar; corpo docente;projetos desenvolvidos;etc.A secretária muito atenciosamente,em virtude da presença de outros acadêmicos do IESAP, que estavam em busca dos mesmos dados,construiu um documento que agrupava todas as informações requeridas e argumentou ainda, que a escola não possuía PPP e nem PDE o que era lamentável já que esses são documentos imprescindíveis para o regimento harmonioso do espaço escolar.Assim, quando estavam no corredor da escola as acadêmicas foram abordadas por uma funcionária que pediu para não ser identificada,a mesma declarou as dificuldades enfrentadas pela instituição bem como, a falta de material didático para realização de atividades corriqueiras- falta de papel na secretaria para a impressão de declaração pedidas pelos pais ou ainda,para o desenvolvimento de atividades para os alunos- alem da nítida preocupação com o exarcebado número de evasão escolar ,evidente principalmente na EJA, o que segundo ela é explicado por esses empecilhos que dificultam o trabalham principalmente dos educadores que acabam arraigados a práticas ligadas a mesmice,não conseguindo desenvolver um ensino atrativo a esses alunos em maioria trabalhadores.
Em seguida as estagiárias visitaram os banheiros e constataram que havia os reservados a deficientes físicos e que alguns precisavam de pequenos reparos. A quadra poliesportiva era bem ampla e alvo de pichações,assim como as paredes das salas,cadeiras e mesas. Ademais, por meio de uma entrevista com a professora responsável pelo laboratório de informática (LIED) foi declarado por ela que a sala possuia 18 computadores,sendo um de uso exclusivo do professor com acesso a internet, a mesma enfatizou os êxitos alcançados pelo projeto e lamentou apenas a falta de ar condicionado na sala o que incomoda e compromete a aprendizagem dos alunos devido o calor excessivo.
No dia seguinte 05 de novembro de 2010 as estagiárias foram exclusivamente a escola para acordarem com a professora Maria da Conceição – já que as observações tinham sido realizadas- os assuntos a serem ministrados por elas nas referidas salas visitadas, porem a professora explicou que a intervenção na 3BD não seria possível em virtude da aplicação de uma avaliação, mas que a turma 4A estava disponível. A educadora propôs ainda, que fosse trabalhados na turma 4ª A as Orações Coordenadas e na 3ª AC os numerais. Diante do foi proposto às acadêmicas: Letícia Alves e Gércica Mendes ficaram incumbidas de reger concomitantemente a turma 4A e Mirlla Wanne a 3ª AC.
Como as estagiarias não haviam realizado as observações na turma 4A retornaram no dia 08 de novembro de 2010 com a finalidade de adquirirem um conhecimento mais amplo sobre os alunos dessa turma, para que assim, elaborassem um plano de aula que atendesse suas dificuldades. Nesse dia, a professora Conceição desenvolveu uma atividade inerente aos Gêneros Textuais, para isso dividiu a turma em pequenos grupos, estes tinham a tarefa de construir um cartaz utilizando recortes de revistas, todos com a incumbência de produzir uma carta.As estagiárias perceberam que alguns estavam inquietos e não realizaram a atividade proposta o que não prejudicou de forma significativa o encaminhamento da aula, pois a maioria participou ativamente .
No dia 09 de novembro foi ministrada aula sobre Orações Coordenadas na turma anteriormente citada. As acadêmicas, primeiramente organizaram a sala deixando as carteiras todas próximas a parede para realização da dinâmica posteriormente desenvolvida. Logo após, escreveram ao quadro o assunto a ser trabalhado e incitaram os alunos para identificar se os mesmos tinham algum conhecimento inerente as Orações Coordenadas, assim alguns declararam que sabiam as conjunções. A partir disso, as acadêmicas começaram a repassar o conteúdo sempre requerendo a participação dos alunos, sem êxito em decorrência da indisciplina de alguns. Após o termino da explicação, as mesmas propuseram dividir a turma em dois grupos para realização da dinâmica, depois de muita insistência os alunos atenderam ao pedido. Dessa forma, eram ditas frases e cada grupo respondia, de acordo com seu julgamento, qual a classificação cabível. O grupo B obteve mais acertos, porem, todos ganharam bombons em forma de agradecimento pela participação e desempenho.
No dia 10 de novembro de 2010, foi o ultimo dia das acadêmicas na referida escola, em que a estagiaria Mirla Wanne Souza, realizou sua intervenção na turma 3º AC. No inicio elas perceberam que os alunos estavam demasiadamente agitados, mas a medida que a estagiaria dava continuidade na aula os mesmos se acalmaram.
Primeiramente a acadêmica organizou a sala em dois grupos, para posteriormente iniciar a dinâmica. A estagiaria constatou inicialmente os conhecimentos já existentes dos alunos acerca dos numerais, logo após iniciou a ministrar a aula. Sendo que os alunos permaneceram relativamente calmos, devido a interação descontraída com a estagiaria. Terminando esta etapa deu-se inicio a dinâmica, sendo que as acadêmicas que estavam auxiliando-a retiravam frases em de uma caixa, em que era pedido para os representantes de cada grupo responderem em que classificação de numerais cada um se enquadrava. A realização da dinâmica foi tranqüila e divertida sendo que o grupo A conseguiu vencer em virtude de terem mais acertos. Assim foi distribuído uma caixa com bombons para cada grupo em forma de agradecimento pela boa recepção dada as estagiarias.

5.CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do exposto neste relatório e Inseridos diretamente no contexto escolar, participando ativamente mesmo que de forma superficial, percebe-se que foi incontestavelmente positivo os resultados obtidos com o estagio supervisionado em Docência II, principalmente no que tange a aquisição de experiência que nos foi propiciada no contato direto com os alunos, através da intervenção em sala de aula, onde os professores deparam-se com diversas situações que nos enquanto acadêmicos não esperamos que hajam no referido contexto, No entanto através desta experiência abriu-se grandes horizontes que nos permitem ver o quanto é trabalhoso e ao mesmo tempo gratificante, ser um educador e poder contribuir para a formação de um cidadão digno dentro do âmbito escolar.
Ademais, as experiências vivenciadas leva-nos a perceber que há muito o que fazer para que situações inaceitáveis como ensinar qualquer coisa, de qualquer maneira ao aluno deixem de ocorrer e sejam sanadas de forma a realmente propiciar a aluno um aprendizado de qualidade para que o mesmo seja capaz de relacionar-se de igual para igual em nossa atual sociedade, que cobra a cada dia mais de nos.
Outrossim, este estagio nos permitiu colocar em pratica o que no decorrer de 5 semestres nos foi repassado em teoria na faculdade, e nos fazer perceber que neste meio de docência há muito mais do que teorias, pois para lidar com alunos que tem diferentes referencias sociais, é necessário ser paciente, procurar entender o contexto em que cada aluno esta inserido afim de lhe oportunizar, não apenas o bem viver no âmbito escolar , mais também no social.

REFERÊNCIAS

ANTUNES, Irandé. Aula de Português. 2ª ed. São Paulo: parábola, 2003.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 15ª Ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria do Socorro Lucena. Estágio e Docência. São Paulo: Cortez, 2004.
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Resgate do Professor como sujeito de transformação. 8ª Ed. São Paulo: Libertad, 2001.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação – PCN + Ensino Fundamental: Linguagens, códigos e suas tecnologias: Brasíl: MEC; SEMTEC, 2002.

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II: DOCÊNCIA EM LÍNGUA PORTUGUESA REALIZADO NA ESCOLA ESTADUAL MARIA DE NAZARÉ PEREIRA VASCONCELOS

1 - INTRODUÇÃO
O presente trabalho relata o desenvolvimento do Estágio Supervisionado II: Docência em Língua Portuguesa, do Curso de Licenciatura em Letras Português/ Francês e respectivas Literaturas do Instituto de Ensino Superior do Amapá – IESAP.
Acredita-se que o estágio é a ação na qual o futuro professor tem a possibilidade de trabalhar com a teoria e a prática e também de conhecer a verdadeira dinâmica da escola. Nesse sentido, os objetivos da disciplina foram elaborados enfocando o Ensino Médio e o Fundamental. O grupo trabalhou especificamente com a Língua Portuguesa na 5ª série do Ensino fundamental.
O relatório se divide em 3 etapas que interagem entre si. Na primeira foram analisados fundamentos teóricos que deram suporte para um melhor conhecimento sobre a aula de português e a importância do estágio na formação do professor.
Na segunda sãoevidenciadas as análises feitas a partir das observações realizadas na escola. Na terceira etapa foram realizadas as regências em sala de aula visando à integração da teoria e da prática, a aquisição de conhecimentos e experiências, para a construção de uma base formadora dos futuros professores.

2. IDENTIFICAÇÃO
2.1. Dados do estagiário
Aline Marinho dos Santos
Amazicléia Santana Gomes

Curso de Licenciatura em Letras Português/ Francês e respectivas Literaturas.
5º Período – Turma 5LIC-F-T – Ano 2010-12-10

Início da disciplina Estágio Supervisionado II: Docência em Língua Portuguesa: em 18 de agosto e termino em 11 de dezembro de 2010, resultando em um total de 100 horas.

2.2. Dados da escola campo

Escola Estadual Profª Maria de Nazaré Pereira Vasconcelos, localizada na Vila das Oliveiras, nº 372 bairro das Pedrinhas, na cidade de Macapá.
Professora colaboradora: Juliana Maria Soares, 5ª série do Ensino Fundamental, 1º turno e 36 alunos.

3. REFERENCIAL TEÓRICO
Para Aranha (2006) a educação não é simplesmente o repasse de herança dos antepassados para as novas gerações, mas o processo pelo qual também se torna possível a gestão do novo e a ruptura com o velho. Na concepção de Libâneo educar é conduzir de um estado a outro, é modificar numa certa direção o que é suscetível de educação. Nesse sentido, entende-se que o ato pedagógico pode ser definido como uma ação sistemática de interação entre seres sociais. Essa interação se concretiza numa ação exercida sobre sujeitos ou grupos de sujeitos, visando provocar neles mudanças tão significativas que os tornem indivíduos da própria ação exercida.
Segundo Aranha, com tal interação tem-se a interligação na ação pedagógica de três elementos: um agente (professor), uma mensagem transmitida (conteúdo) e um educando (aluno, grupo de alunos, uma geração). Com isso, a ação pedagógica se torna uma instância mediadora que estabelece a relação de reciprocidade entre indivíduo e sociedade. Dessa forma, a educação não pode ser entendida fora do âmbito histórico-social, pois a prática social é o ponto de partida e de chegada da ação pedagógica.
Diante disso, os Parâmetros Curriculares Nacionais sugere a formação do alunopara o exercício da cidadania, a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico com flexibilidade em um mundo novo que se apresenta atualmente. E no que tange o ensino da língua materna, os PCNs apontam que no ensino da língua portuguesa deve-se priorizar o processo de construção de significado, em que o sujeito possa interagir socialmente, usando a língua oral e escrita como instrumento definidor de pessoas entre as pessoas.
No que concerne a postura do professor frente à aula de português, Irandé Antunes (2003) explicita alguns princípios que o educador ao analisar encontra pistas acerca do que fazer e como fazer para trabalhar a oralidade, a leitura e a gramática nas aulas de português. Para a autora, a escola precisa ter como objetivo o ensino da língua em seu uso social; o que ela chama de “língua-em-função”. E pelo seu estudo constatou que o texto no aprendizado da língua portuguesa fica de “lado”; os professores não analisam, não exploram o sentido semântico do texto apenas retira desse, fragmentos com intuito de ensinar as regras gramaticais de forma isolada, o que para ela deveria ser ao contrário.
De acordo com sua concepção, o texto é que vai condicionar a escolha dos itens,objetivos e atividades pedagógicas. Desta forma, não importa o período em que acontece o aprendizado do português, ele deve está sempre pautado em ampliar a competência ao aluno para o exercício cada vez mais pleno, mais fluente da fala e da escrita. Irandé enfatiza bem a importância, da escola e principalmente do professor desenvolver no aluno as habilidades de ouvir, falar, escrever e ler algo que ela considera fundamental para que o indivíduo viva de maneira ativa na sociedade.
No que se refere o ensino da gramática Antunes mostra que as regras gramaticais já estão incluídas nas situações comuns da interação verbal. Porque, não cabe ao falante decidir se vai incluir ou não no seu discurso as regras gramaticais, elas simplesmente estão lá. Por isso, a autora defende que, ao explorar os sentidos dos textos exploram-se também os recursos gramaticais.
E segundo Pimenta e Lima (20043) o estágio é inicialmente o meio pelo qual o professor pode colar em prática essa teoria sobre o ensino da língua portuguesa. E é partindo daí e ao longo de sua trajetória em sala de aula, que o professor vai construindo sua identidade. Nesse sentido, o estágio é o lócus no qual as características do profissional são construídas. Assim, as autoras acreditam na importância do estágio para que os futuros professores possam exercer uma atividade reflexiva sobre a docência. Não somente criticando as “velhas” práticas tradicionais praticadas por muitos professores.
Mas respaldados em teorias vão poder analisar, questionar e refletir criticamente sobre a educação atual. Pois, são com essas ações em mente que os futuros profissionais da educação devem ir a campo, planejando sistematicamente essas ações durante o estágio. Com isso, é possível formar educadores competentes para atuarem em sala de aula, sendo que é nesse ambiente que acontece o encontro de culturas diferentes; possibilitando a construção do conhecimento compartilhado e formando cidadãos sensíveis e críticos na sociedade.

4. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA LOCUS
4.1. Histórico
A Escola foi criada pelo Decreto nº 0813 de 24.03.99.Inaugurada em agosto de 1995, com o nome “Escola Das Pedrinhas”, fica situado na Vila das Oliveira, 372, no bairro das Pedrinhas. No inicio contavam com 560 alunos distribuídos na pré-escola e de 1ª a 4ª série.Estes alunos vieram da Escola Zolito de Jesus Nunes e Centro de Aprendizagem do Amapá-CENAP.
Na época de sua inauguração oEstado era governado por João Alberto Capiberibee tinha como secretário o professor Carlos Nilson da Costa. No ano de 1998 durante uma reunião entre professores, funcionários e comunidade, foi colocada em votação á escolha do nome da escola, sendo o da professora Maria de Nazaré Pereira Vasconcelos aceito por todos.
A preferida professora era muito conhecida pela sua dedicação e amor a profissão. Varias portarias lhe foram confiadas pelo desempenho e colaboração na execução dos trabalhos que desenvolvia. Nasceu no dia 10 de junho de 1943 natural de Amapá-AP, filha de DelmiroIzaiasPereira e Maria da Silva Pereira.A professora Nazaré Vasconcelos casou-se com Raimundo Santos Vasconceloscom quem teve 06 filhos (as). Residia na Avenida dos Xavantes, 97-Beirol. Atuou como professora de Ensino Primário,1ºe 2º grau no antigo Território Federal do Amapá, além de ter feito vários cursos e treinamentos para o aperfeiçoamento do exercício do magistério. Desenvolveu suas atividades na Escola Paroquial São Pedro. Foi aposentada somente no ano de 1986, quando até então atuava como professora na Escola Zolito Nunes. Faleceu em 09 de setembro de 1996.
A Escola Maria de Nazaré Pereira Vasconcelos, durante esta década passou por algumas reformas como a construção de novas salas de aula. Mantém 03 modalidades: Ensino Fundamental 1ª a 8ª séries, Educação de Jovens e Adultos (EJA) 1ª a 4ª Etapa e o Ensino Especial. No ano de 2009, em função do reordenamento escolar, excluiu a 1ª série e matriculou a partir de 2ª série, mantendo uma média de 1.800 alunos distribuídos em 17 salas de aula. Também adotou como recurso de aprendizagem: sala de vídeo, sala de leitura, biblioteca e laboratório de informática.
Atualmente conta com a administração da professora Marcilene dos Santos Costa, auxiliado pelo diretor adjunto Amélio Trindade, secretária escolarMaria Zelinda Nunes Marques e das técnicas: Mariza Dias, Lívia Flora Freitas Souza, Marly da Cunha Sá e Edilene Santos Abreu e ainda 170 professores e funcionários, sem os quais não seria possível a realização detantosprojetospedagógicos.

4.2. Estrutura física da escola
A estrutura física da escola é constituída em alvenaria com três andares, tendo uma sala para os professores, uma para a direção, uma para secretaria, uma biblioteca, uma sala para o corpo técnico, uma sala de informática e uma quadra poliesportiva. No turno da manhã funcionam 16 salas de aula, no segundo turno 17 salas e no terceiro turno 16 salas. A escola dispõe de 33 banheiros distribuídos nos três andares: 10 no primeiro piso, 12 no segundo, 08 no terceiro, 02 na quadra de esporte e 01 na cantina. A escola também disponibiliza de 02 depósitos. Na mesma existe um jardim interno e uma praça de lazer localizada na frente da escola, onde os alunos brincam quando não tem aula ou aguardam o segundo horário, quando esses chegam atrasados, na praça também funciona uma lanchonete, porém só no período da noite.
4.3.Alunos e aspectos pedagógicos
A instituição em lócus atende pessoas oriundas de todas as classes sociais, principalmente de classe baixa. São alunos que vêem de diversos bairros da cidade, as quais migraram para Macapá em busca de uma melhora de vida. Por isso, são muitos os alunos que não estão mais na escola. Até o dia 23 de outubro de 2010a unidade de ensino tinha matriculado 1.575 (mil quinhentos e setenta e cinco) alunos. Desse total, somando os alunos que abandonaram a sala de aula, os que cancelaram e com os que se transferiu, o número de evasão chega a 263 alunos no ano de 2010.
Quanto ao serviço de atendimento aos alunos a escola conta com o porteiro que controla a entrada e saída, com um segurança e uma auxiliar de disciplina que recepciona os que chegam e controla o fluxo de pessoas no interior da escola. Na hora do intervalo muitos alunos lancham na cantina da escola, onde o lanche é oferecido gratuitamente e outros se direcionam para uma pequena lanchonete improvisada, dentro da escola, a qual dispõe de variados salgados que chamam a atenção das crianças.
A escola conta com um corpo técnico administrativo composto por 04 pedagogos com nível superior, 66 professores com nível superior e 02 com apenas o magistério. Na escola tem 02 gestores com nível superior e um com o ensino médio. Ela tem como pessoal de apoio 20 cidadão, sendo 12 com o ensino fundamental incompleto e 08 com o ensino médio concluído. A escola não tem o Projeto Político Pedagógico, pois o mesmo está em processo de construção. Mesmo assim, a instituição desenvolve suas atividades normais.
Com o profissionalismo de todos os funcionários e com a ajuda dos alunos a escola desenvolve vários projetos pedagógicos dentre os quais está “O voo da águia” projeto de xadrez; Projeto aprendizes da Cidadania, destinados aos alunos de 1ª a 4ªno LIED; Click para incluir, destinado aos alunos concluintes do Ensino Fundamental etem a parceria do SENAC, como forma de incluir esses jovens e adultos no mercado de trabalho, foram desenvolvidos também, o projeto “Dia do estudante” e “Família e Escola” buscando valorizar a vida social dos alunos.O Projeto Páscoa, também realizado na escola, tevecomo objetivo aproximar mais os funcionários, buscando uma reflexão individual e coletiva com o intuito de fortalecer as relações inter e intrapessoal, vislumbrando melhor a excelência no atendimento humano e pedagógico.

5. RELATÓRIO
Objetivando identificar melhor o espaço escolar, sua estrutura pedagógica e fazer uma regência em sala de aula, foi que as acadêmicas: Alinhe Marinho e Amazicléia Gomes do curso de Letras Licenciatura Português/Francês do Instituto de Ensino Superior do Amapá, realizaram o estágio referente à disciplina Estágio Supervisionado II: Docência em Língua Portuguesa sob a orientação da professora Fádia Silva.
O lócus escolhido para a realização do trabalho foi a Escola Estadual Profª Maria de Nazaré Pereira Vasconcelos, situada na Vila das Oliveira nº 372, no bairro das Pedrinhas, em Macapá. O estágio foi realizado do dia 18 a 28 de outubro de 2010. No dia 18 de outubro fomos conversar com a coordenação da escola para solicitar autorização para realizarmos u estágio; tendo em vista que a escola recebe muitos estagiários de várias instituições de ensino superior. Nesse mesmo dia, observamos duas aulas da professora de língua portuguesa Juliana Maria Soares na turma 512 de 5ª série.
A professora iniciou sua aula fazendo uma revisão da aula passada sobre a “Flexão de Grau dos adjetivos”, em seguida deu continuidade explicando o “grau comparativo e o grau superlativo do adjetivo”.Durante a aula ela utilizou os recursos didáticos adequadamente e fez um bom aproveitamento do tempo pedagógico. No momento da explanação do conteúdo ela sempre procurou a participação dos alunos. Ela também fez exercício de fixação com os alunos, entregou algumas provas que os discentes haviam feito, em dias anteriores, e ao termino da aula realizou freqüência, na qual percebemos que a turma é composta por 36 alunos. Todos eles formaram muito receptivos conosco, percebemos também que a professora tem um excelente domínio de turma, pois a mesma não permitiu bagunça em sala de aula, existindo sempre o respeito tanto por parte da docente como dos alunos. Durante a aula solicitamos o plano de aula da mestra,porém ela não pode nos fornecer, pois a mesma não tinha em mãos.
O ambiente da sala de aula é bem arejado, tendo 04 janelas nos dois lados da sala, 04 ventiladores de teto, a iluminação estava adequada para desenvolvimento da aula. Após a observação, fomos conversar com a secretária da escola sobre os projetos desenvolvidos na escola e sobre o número de evasão de alunos. Nos dias 19, 20 e 21 de outubro retornamos ao local para observamos a dinâmica da escola, onde percebemos que os alunos não podem entrar sem o uso do uniforme, por uma questão de segurança. Se chegarem atrasados eles esperam, o segundo horário, na praça da escola ou no corredor externo. No dia 22 deoutubrofomos à escola para fazermos o registro fotográfico dos ambientes. Nesse dia também solicitamos o PPP – Projeto Político Pedagógico, no entanto o mesmo estava em processo de elaboração. No mesmo dia os alunos de algumas turmas estavam assistindo uma palestra sobre educação ambiental dirigida pela palestrante Cláudia, funcionária da empresa ENTERPA ENGENHARIA, tendo como objetivo o desenvolvimento da formação social do aluno.
No dia 25 de outubro a acadêmica Aline Marinho ministrou sua intervenção sobre “Tipologia textual: descrição” e “Adjetivos”. A professora deu início a sua aula distribuindo aos alunos a apostila referente ao conteúdo. Depois, pediu para que alguém da turma lesse o texto “Auto-Retrato”, em seguida fez sua própria leitura, analisando junto com os alunos o sentido do texto e os adjetivos presentes no mesmo. Durante a aula fez utilização adequada dos recursos didáticos e teve domínio de turma. Ela adequou com satisfação, a linguagem e o timbre de voz para o nível da turma, organizou corretamente o tempo pedagógico culminando na realização de uma atividade de fixação com os alunos.
No dia 28 a aula foi ministrada pela acadêmica Amazicléia Gomes, que explicou o assunto “Artigos” e o “gênero textual: carta pessoal”. Logo de início apresentou os objetivos da aula. Depois, fez uma atividade para dividir a turma em 06 grupos com 06componentes, utilizando um critério que permitiu a mistura de alunos com diferentes níveis de conhecimento. Em seguida, conversou com os alunos para saber acompreensão dos mesmos sobre os assuntos que seriam tratados. Após a conversa a professora entregou a apostila contendo o conteúdo e uma atividade de fixação. Deu prosseguimento a aula, explicando o assunto e buscando desenvolver nos alunos a oralidade.
Depois, indicou alguém para fazer a leitura em voz alta da carta pessoal, em seguida a docente reforçou a leitura explicando a função da carta na vida social dos alunos. Em seguida, a professora incentivou os discentes a fazerem a analisedo sentido semântico da carta, o que resultando na resolução do exercício. Após, a resolução da atividade foi feita uma dinâmica objetivando a fixação do conteúdo e o desenvolvimento da competência escrita do aluno. Com essa realização, a professora colocou em prática as teorias estudas na academia, que é levar o aluno a perceber que o aprendizado da língua materna é fundamental para que o mesmo aprenda a conviver na sociedade de maneira ativa.

6. CONSIDERAÇÕES
Diante de todo o exposto conclui-se que, o estágio é o meio pelo qual o futuro professor adquire experiência e possibilita a análise sobre sua ação como docente. Tem também, a possibilidade de colocar em prática o que aprendeu no ambiente da academia e com isso, se tornar um profissional competente. Com o estágio o acadêmico começa a construir um manancial de perspectivas e ferramentas para o exercício de sua profissão. E como consequência será capaz de contribuir juntamente com a sociedade na formação de indivíduos ativos, despertando, nesses, o desejo de saber, de ir além do conhecido, fazendo com que se tornem cidadãos sensíveis e solidários perante a sociedade.

REFERÊNCIAS

ARANHA, Maria de Arruda. Filosofia da educação. 3 ed. rev. e ampl. São Paulo: Moderna, 2006.

ANTUNES, Irandé. Aula de Português: Repensando o objeto de ensino da aula de português. São Paulo: Parábola, 2003.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação - referências - elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.

MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. São Paulo: Atlas, 2004.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Terceiro e Quarto Ciclos do Ensino Fundamental, Língua Portuguesa. Brasília 1998.

PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e docência. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2004.

TEIXEIRA, Elizabeth. As três metodologias: Acadêmica, da Ciência e da Pesquisa. 4 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

RELATÓRIO DO ESTÁGIO MARIA DO CARMO VIANA 1

INTRODUÇÃO

O presente trabalho relata o desenvolvimento do Estágio Supervisionado em Docência II: o ensino da Língua Portuguesa, do curso de Licenciatura em Letras Português- Francês do Instituto de Ensino Superior do Amapá- IESAP.
A disciplina teve como requisito fundamental pesquisas de campo para que pudesse haver a integração da teoria e a prática no processo de ensino-aprendizagem, tendo em vista o Ensino Médio, com foco na disciplina de Língua Portuguesa.
O relatório compõe aspectos da escola enquanto instituição, dando a caracterização inicial, os alunos enquanto razão principal da prática educativa, os professores enquanto responsáveis pelo planejamento e condução à prática educativa, as práticas educacionais do contexto específico do aluno-professor, contendo também o histórico da escola, o Projeto Político Pedagógico e o Plano de Desenvolvimento Educacional.
Todos os momentos foram compostos por observações e estudos de como funciona o ensino-aprendizagem na escola identificando os aspectos que contribuíram para o mesmo, aprofundando a análise na dinâmica escolar e na importância da Língua Portuguesa no cotidiano do aluno identificando também aspectos significativos para o desenvolvimento dessa prática.

1- IDENTIFICAÇÃO DOS ACADÊMICOS E DA ESCOLA-CAMPO DE ESTÁGIO

1.1Dados dos Estagiários

Suelen Araújo da Silva
Lucélia Carvalho Pimenta

Curso de Licenciatura em Letras Português Francês
5° período – Turma 5 LICFT- Ano 2010

Início da Disciplina Estágio Supervisionado em 03 de agosto e o término em 15 de dezembro, totalizando em 100 horas/ aulas.

1.2 Dados da escola campo

Escola Estadual Maria do Carmo Viana, localizada na Avenida Francisco Alves Corrêa n° 30 no Bairro Jardim Felicidade II, na cidade de Macapá - AP.

Professor Colaborador:
Carlos Silva, 1° ano do Ensino Médio, 3° turno, turmas unificadas 1032/1033.

A Clientela atendida é de 5ª série ao Ensino Médio, o período de funcionamento é de manhã, à tarde e à noite.

2- REFERÊNCIAL TEORICO

Para que os alunos possam integrar-se no mundo contemporâneo e nas dimensões fundamentais da cidadania e do trabalho, a escola deve possibilitar através das novas tecnologias um ensino mais contextualizado, segundo os PCN’s: “Toda educação comprometida com o exercício da cidadania precisa criar condições para que o aluno possa desenvolver sua competência discursiva.” (BRASIL-1999).
Sendo assim a escola, na elaboração de seus projetos também darão direcionamento ao que se refere aos valores sociais, aos direito e deveres do cidadão, ao bem comum, a ordem democrática, a família, a solidariedade humana e a tolerância.
As situações de ensino-aprendizagem no que se refere à Língua Materna, contém juntamente com o material de apoio, textos orais e escritos, literários e não-literários, que faz-se perceber ao aluno, como estrutura-se sua língua.
Apesar de não perceber a presença da interdisciplinaridade, que hoje é apresentada pelos PCN’s como fonte de ligação comunicativa entre Professor/aluno sendo assim um produto de linguagem por possuir acervo histórico e obtendo significados sociais e culturais, também não houve a prática das chamadas “redações”, que segundo os PCN’s, passariam a ser material de apoio ao professor, para mostrar que a gramática não é algo tão abstrato, que, no entanto deve-se priorizar, pois contribui para o processo de comunicação, através da interação verbal, pois permite o desenvolvimento cognitivo dos alunos e a interação que faz com que a linguagem seja comunicativa.
O professor também deixa de ocupar o papel principal no processo ensino-aprendizagem, de detentor do conhecimento, para assumir o papel de orientador, “facilitador”, “organizador” das atividades de classe. Outro fator relevante e facilitador da aprendizagem é a atmosfera que reina na classe, e esta depende, em grande parte, do professor. Ele precisa ser caloroso, sensível, tolerante, paciente e flexível a fim de que possa inspirar confiança e respeito.
A escola também deverá considerar os conteúdos curriculares não como “fins em si mesmos, mas como meio básico para constituir competências cognitivas ou sociais priorizando-as sobre as informações” (Art. 5º).
A partir desta idéia a instituição deve adotar através de metodologias, a construção de conhecimento, preparando o aluno para a formação geral e preparatória para o trabalho, podendo oferecer também a preparação para o exercício de profissões.
A lei de Diretrizes e Bases explicita que o Ensino Médio é a “etapa final da educação básica” (Art.36), o que concorre para a construção de sua identidade.
É necessário ainda, entretanto, a escola divulgar os PCN’s e seu conteúdo, motivando os professores a debater propostas e a sugerir atividades para que desta forma, o Professor possa ser reflexivo estimula, incentiva seus alunos a refletirem, seja na ação, sobre a ação ou na reflexão sobre a ação. Por isso, é imperativo que este profissional seja um professor-pesquisador capaz de despertar em seus alunos curiosidade, discussão e interesse pela busca de novas idéias e conceitos e tenha uma atitude de estímulo, incentivo, receptividade, responsabilidade e empenho.
Com relação à seleção de textos escolhidos pelo professor, para trabalhar em sala de aula, é preciso que se valorize os textos que fazem parte das exigências e situações privadas de interlocução, como o uso público da linguagem, a prática de escuta, de escrita (produção), de textos orais e escritos e a análise lingüística que formariam um tripé do qual se sustenta o ensino.
Diversos elementos se conjugam a fim de dar conta da aprendizagem de uma língua, mas considera-se que o “estar motivado para aprender”, constitua a melhor forma de aprendizado, independente da metodologia a ser utilizada. Acredita-se que para manter a motivação em estudo, o aluno também precisa se engajar no processo tem de “aprender a aprender” e ser capaz de assumir uma parte de responsabilidade por sua aprendizagem.
Os educadores precisam engajar-se social e politicamente, percebendo as possibilidades da ação social e cultural na luta pela transformação das estruturas opressivas da sociedade classista. Para isso, antes de tudo necessitam conhecer a sociedade em que atuam, o nível social, econômico e cultural de seus alunos.
Visto com freqüência, infelizmente, que o possível se torna impossível e pressentindo-se que as mais ricas possibilidades humanas permanecem ainda impossíveis de se realizar. Que o inesperado torna-se possível e se realiza; com frequência que o improvável se realiza mais do que o provável, então, esperar o inesperado e trabalhar pelo improvável.
Vemos cada vez mais, professores despreparados em salas de aula, e ao que tudo indica (mediante ao contexto), tais conseqüências tratam-se do reflexo da má formação acadêmica dos mesmos.
Pensando em solucionar um dos grandes desafios dos acadêmicos, seja, colocar em prática o que aprendeu na Faculdade, adquirir a devida experiência para o processo educacional. O Estágio Supervisionado é um componente que tornou-se obrigatório no Núcleo de Concentração dos Cursos. Espera-se que, com ele, o acadêmico tenha a opção de vivenciar as diversas atividades desenvolvidas no espaço escolar e incorpore atitudes, saberes e competências que serão o ponto de partida para práticas docentes.
O estágio curricular de regência de turma nos encaminha a uma prática de experiência e formação docente que nos possibilita vivenciar condições reais de trabalho dentro do contexto escolar e se constitui num processo de etapas. Para tal prática ser realizada de maneira eficaz, precisa-se da participação continua dos alunos, pois eles muitas vezes não estão abertos ao diálogo e não demonstram apreciação por tal prática.
Observa-se nos alunos de hoje um desinteresse muito grande em relação à aprendizagem e perspectiva de vida, principalmente nos alunos que estudam em subúrbios e escolas localizadas em zona de perigo, não que isso seja um fator preponderante, pois, encontramos jovens de classe média onde seus pais lhe possibilitam ambientes propícios a educação não darem o devido valor a seu futuro.
O comportamento e a participação dos alunos é fundamental para o bom desenvolvimento das práticas dos estagiários. Portanto, não pode ser desconsiderado pelos educadores, principalmente quando passa a ser um comportamento indisciplinado. Até porque, muitas vezes, a indisciplina pode ser um indício de alguma carência do aluno como, por exemplo, a falta de compreensão do conteúdo, que ocasiona a falta de interesse por estudar e continuar prestando atenção à aula. Sendo assim, o assunto indisciplina é muito relevante, pois interfere diretamente no processo de ensino-aprendizagem.
Muitas vezes estímulos que não são dados pelo professor atuante, torna os alunos pessoas não receptivas a mudanças tornando o período de estágio algo decepcionante aos acadêmicos. Mas um professor competente está sempre pronto a refletir sobre sua metodologia, sua postura em aula, sua prática educativa, a fim de estimular a aprendizagem e motivação de seus alunos, de modo que cada um deles seja um ser consciente, ativo, participativo e agente crítico modificador de sua realidade.
O prazer pelo aprender não é uma atividade que nasce espontaneamente nos alunos, pois, muitas vezes, não é uma tarefa que cumprem com prazer. Para que este hábito possa ser melhor cultivado, é necessário que o professor consiga despertar a curiosidade dos alunos e acompanhar suas ações na solução das tarefas que ele propuser e se alunos sentirem dificuldades na realização da atividade proposta, por se julgarem cobrados a um desempenho para o qual não foram preparados, fornecer as respostas prontas, acomoda-o e prejudica-os em sua formação e autonomia.
Ações costumeiras desempenhadas por professores “antigos” levam os alunos a questionarem a atuação dos estagiários, que tentam colocar em prática os novos conceitos e metodologias que o mundo atual necessita.
Evidencia-se a necessidade de se reestruturar a formação de professores para que tenham condições de identificar e lidar com seus próprios preconceitos, de observar e avaliar suas próprias ações e corrigir seu desempenho. Para isso, o professor precisa ter clareza dos assuntos e comportamentos que tenham significado para o aluno; precisa utilizar a avaliação como um instrumento de aprendizagem e não de coerção e, principalmente, precisa ser capaz de investir sua habilidade e seu conhecimento para produzir condições para o aluno aprender comportamentos de valor, na certeza de que as implicações das atividades coercitivas interferem na formação dos sujeitos/ cidadãos.
O conhecimento ideal é aquele que o transforma em um “cidadão do mundo”. No entanto, para que isso aconteça, o papel do professor deve ser a de um “facilitador de aprendizagem”, aquele que provoca no aluno um estímulo que o faça aprender a aprender.
Tornar-se um professor facilitador não é uma tarefa fácil, pois requer a quebra de paradigmas e conceitos ultrapassados, o aprender a não desistir; a conscientização de que em uma sala de aula não há aprendizado homogêneo e imediato; que a orientação do professor, acompanhando cada passo do aluno, com a intenção de que ele, gradativamente, liberte-se e demonstre seu potencial, é fundamental.
A percepção de que a formação continuada é uma necessidade, e que uma postura crítica-reflexiva deve fazer parte do seu dia-a-dia são pensamentos constantes dos novos professores.
Os saberes, os conhecimentos dos futuros professores provêm da formação profissional que recebem durante sua vida acadêmica, algumas vezes, podem tornam-se modelos em uma prática docente que será seguida por outros e outras áreas envolvidas na formação de alunos.
Saber efetivar as práticas docentes, transforma – lá e adaptá-la em algo concreto torna o professor participativo nas transformações exigidas pela continua mudança existente em sala de aula.
Os futuros professores devem fazer a relação entre teoria e prática, para que se produzam saberes efetivos em sala de aula, e sendo um profissional reflexivo, responsável com o desenvolvimento profissional e social dos alunos, levem em consideração os conhecimentos prévios adquiridos pelos alunos no decorrer de sua vida nas escolas, em casa, nos grupos sociais em que vive e relacione com os conteúdos exigidos pela matriz curricular da instituição, lembrando sempre de inserir os fatos ocorridos no cotidiano do aluno.
A educação só poderá ser reformulada (a fim de atingir notáveis melhorias), quando o nível de atenção referente ao processo de Estágio Supervisionado, for considerado padrão a se investir e se seguir, evidentemente, sob os pressupostos do olhar crítico em reflexão ao contexto e os seus mecanismos constituintes.
3- CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA – CAMPO DE ESTÁGIO

3.1Histórico e área de atuação
A escola Estadual Maria do Carmo Viana dos Anjos, com Ato n° 0594-GEA, foi inaugurada no dia 02 de abril de 1993, pelo chefe do poder executivo o então Governador do Estado do Amapá Annibal Barcellos.
Seus primeiros gestores foram: Diretor prof° Alfredo; Secretária Escola Maria do Carmo. Atualmente tem como diretor o Professor Zozimar Uchoa da Silva, Secretário Administrativo João Filho Picanço, Secretário Escolar Odete Almeida.
O espaço físico da escola é composto por 03 blocos; 04 banheiros coletivos, sendo 02 masculinos e 02 femininos; 01 biblioteca; 01 sala de direção; 01 sala de secretaria escolar; 01 sala de supervisão; 01 sala da TV escola, 01 laboratório de informática com aproximadamente 30 microcomputadores, 01 sala dos professores (com banheiro privativo); 01 sala específica para o ensino especial, 16 salas de aula, medindo aproximadamente 48m ² cada, sendo que, uma dessas salas era específicas para a disciplina de Educação; 01 cozinha e refeitório e 01 quadra poliesportiva, com estrutura metálica, coberta de zinco e cercada com alvenaria e arame galvanizado.
A escola iniciou suas atividades com séries iniciais do 1°grau, ofertando Ciclo Básico de alfabetização- CBA I e II, colaborando ativamente na formação básica intelectual da sociedade. A partir de 1994, por necessidade da comunidade local começou a trabalhar em regime de progressão em série, até que em 1999, a escola amplia seu nível de ensino, passando a ofertar o 1° ano do ensino médio. Em decorrência da demanda de vagas a partir do ano de 2000 extinguido, gradualmente, as séries iniciais e ampliando o ensino médio, até que em 2003 a escola trabalhava somente com as turmas de 5ª a 8ª séries de ensino fundamental e turmas de 1º a 3º ano do ensino médio, garantindo que a população do bairro jardim felicidade II e adjacentes não precisava se deslocar para o centro da cidade para concluir a educação básica. Nos dias atuais, atende-se aproximadamente 1.738 alunos, distribuídos nos 03 turnos nas modalidades de ensino fundamental II e ensino médio e tem em seu quadro 97 funcionários.
Ao longo de seus 14 anos a escola passou por inúmeras reformas em seu prédio, tendo obras que iniciaram em um governo e terminaram no final do mandato do governo seguinte. Por esse motivo a escola sempre buscou se adaptar às situações adversas e em conjunto com a comunidade criou alternativas para que as aulas não fossem paralisadas, como exemplo, a realização das aulas em sala improvisadas na quadra de esportes e adoção de um turno intermediário, passando a existir quatro turnos de funcionamento, devido à existência de poucas salas de aula para um grande quantitativo de alunos.
Desde sua criação a escola preocupada em proporcionar aos alunos e comunidade eventos que incentivassem a cultura e a integração entre pais-professores e escola-comunidade realiza vários projetos de cunho sócio-educacional como: Multimídia- “Tocando Vidas”, família x escola, festa junina, gincana cultural, consciência negra, Mostra pedagógica, Disciplina, Caminhada Ecológica, Mutirão de serviços, Campanha de higienização, palestras educativas, entre outras. A Escola Estadual Maria do Carmo Viana dos Anjos sempre teve como meta a interação da escola com a comunidade, tendo como objetivo principal o crescimento intelectual, moral e social do nosso estudante, para se formar em cidadão atuante, que contribua para um mundo mais justo e uma comunidade/ sociedade mais digna.

3.2 Estrutura Física
Plano de Desenvolvimento Educacional
O PDE da Escola Estadual Maria do Carmo Viana dos Anjos tem por objetivos garantir um ensino de qualidade, dinamizar as práticas Pedagógicas da Escola, melhorar a gerência da escola, desenvolvendo algumas estratégias como, aumentar a taxa de aprovação dos alunos nas séries e disciplinas críticas, reduzir o índice de abandono no Ensino Médio noturno, promover capacitação aos professores, reduzir a distorção idade série, revisar a proposta pedagógica, estratégias de ensino diversificadas e criativas, organizar o ambiente escola tornando-o agradável, fortalecer a relação Família x Escola, promover os princípios da Gestão Democrática,proporcionar melhor atendimento aos alunos do ensino especial, apresenta também como metas, aumentar de 61% para 70% a taxa de aprovação em inglês nas 5º e 6º séries, aumentar a taxa de aprovação para 80% nas 5° e 6° séries na disciplina Matemática,aumentar a taxa de 52% para 75% de aprovação em Ciências, reduzir de 61% para 40% o abandono no Ensino médio noturno, capacitar os professores de 5° e 6° séries de ciências e Matemática, atualizar a proposta pedagógica com base nas informações da análise situacional da escola, implantar programas de estudos para professores articulados com os PCNS, implantar um programa de incentivo a leitura para os alunos, padronizar os processos de matrícula, atendimento aos alunos,reuniões por setores e divulgar acordos feitos,promover bimestralmente um evento com a participação das famílias dos alunos, garantir a criação do Conselho Escolar e Conselho de Classe e oferecer material técnico- pedagógico aos alunos do ensino especial.
A escola propõe desenvolver estes objetivos através das seguintes ações, Adquirindo CD-ROM educativos para dinamizar a aula de inglês, avaliar os resultados atingidos com a execução das ações propostas no plano, realizar avaliação diagnostica dos alunos de 5° e 6° série em matemática, realizar uma reunião mensal para discutir as dificuldades encontradas pelos professores e propor soluções, realizar parceria com o SENAC para realização de cursos projetados pela escola, realizar uma gincana bimestral de conhecimentos gerais, com premiação visando melhorar a aprendizagem dos alunos e motivação pelo estudo, realizar trimestralmente um concurso de redação, poesia, paródia e pintura, implantar ações do projeto “sexualidade” com palestras sobre DST/AIDS, gravidez precoce, drogas, visando ampliar o conhecimento dos alunos e promover atitudes preventivas, implantar a modalidade EJA no 3° turno visando melhor distribuição nas séries, proporcional a idade, realizar um programa de estudos para implantar a modalidade EJA, elaborar um calendário de planejamento pedagógico quinzenal por área e disciplina, elegendo um coordenador em cada disciplina e finalmente elaborar planejamento das ações de leitura dos livros, gostar de ler, nas aulas, visando os objetivos do projeto.

Projeto Político Pedagógico
A construção do Projeto Político-Pedagógico da Escola Estadual Maria do Carmo Viana dos Anjos surgiu para atender as exigências da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, que preconiza a elaboração e execução da proposta pedagógica, ressaltando a participação de todos os profissionais e setores da instituição, norteando os princípios éticos, políticos e epistemológicos que a constitui e também pela necessidade que a escola tem de inovar suas ações e traçar novos rumos que possibilitem um ensino de qualidade.
Diante disso, o referido projeto foi idealizado e elaborado com o intuito de organizar e viabilizar o trabalho didático pedagógico da escola, determinando as ações a serem desenvolvidas, bem como a linha filosófica a seguir. É importante frisar que o projeto foi estruturado com a participação de todos os segmentos da escola e também da comunidade, através de reuniões, instrumentos de pesquisa, leituras teóricas/reflexivas e discussões sempre voltadas para os anseios da instituição.
Sabemos que o desenvolvimento de todo projeto apresenta dificuldades, conflitos de idéias e contradições, mas não podemos negar que essas divergências são essenciais para a construção de uma proposta sólida, pautada na realidade vivenciada de nossos educandos, resultando na realização de ações consistentes que fortalecem a autonomia escolar.
Assim sendo, o Projeto Político-Pedagógico da Escola Estadual Maria do Carmo Viana dos Anjos tem a pretensão de oferecer diretrizes que contribuam de forma decisiva para a melhoria do próprio processo educacional, para a realização de um trabalho pedagógico coletivo, possibilitando ao aluno uma aprendizagem significativa, favorecendo, assim, o exercício pleno da cidadania.
Dados estatísticos do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB, indicador de qualidade educacional do Ministério da Educação, demonstram que o índice das escolas públicas brasileiras está insatisfatório, tendo média nacional inferior a 5 numa escola de 0 a10. Nesse contexto o Estado do Amapá obteve no ano de 2005, através da aplicação da Prova Brasil aos alunos concluintes do ensino fundamental a média da Escola Estadual Maria do Carmo Viana dos Anjos de 3.6, que embora esteja acima da média do Estado (3.5) está abaixo da média nacional, o que nos motiva a repensar a prática pedagógica e administrativa da escola e buscar meios para melhorar a ação educativa e, conseqüentemente elevar o índice de rendimento dos alunos.
Para haver a análise, reflexão e reencaminhamento da ação educativa tornam-se necessário pensar como seria desenvolvido esse processo na escola, buscando meios para torná-lo mais ágil e ao mesmo tempo eficiente. Logo, constatou-se que o melhor meio para otimizar a ação educativa seria a implementação do Projeto Político-Pedagógico da Escola, dando objetividade e intenção conjunta à ação educativa, que compreende todas as ações da escola, tendo como foco o trabalho pedagógico de sala de aula, mas que se ramifica ao trabalho de todos os funcionários da escola e na convivência da família dos educandos.
A construção do Projeto Político-Pedagógico teve como principal referência a obra de Paulo Roberto Padilha "Planejamento Dialógico: como construir o projeto político-pedagógico da escola" (2003), onde destaca a importância da participação de todos os segmentos da escola e comunidade no planejamento escolar. No prefácio desse mesmo livro Gadotti comenta que "o educador precisa também fazer o caminho que estiver apontando ao educando. E, enquanto educa, refletir sobre seu caminhar, dessa forma alerta a essencialidade de que o educador, aqui estendemos a todos que fazem parte da escola, ao planejar para os educandos planeja para si próprio, portanto deve ser consciente que todas as ações da escola se relacionam, se influenciam e por isso devem se interagir e precisam ser realizadas e refletidas/avaliadas por todos de forma responsável com intuito de promover melhorias nos resultados.
O projeto será pedagógico por planejar a ação educativa do professor e demais atividades escolares promotoras da aprendizagem do educando e, ainda, será político por ser elaborado e executado com a participação de todos os servidores da escola, dos alunos e pais/responsáveis, tendo como princípio a gestão democrática.
A participação na realização do projeto será aberta a todos que compõem a escola e ainda a representantes da comunidade local, através de reuniões por segmento escolar ou reuniões gerais, havendo uma equipe que irá organizar e, quando necessário fazer a síntese dos dados/informações, de forma a sistematizar para que o conteúdo do projeto e as decisões tomadas sejam produto da maioria das pessoas participantes, sempre considerando que tais decisões não podem estar em desacordo com as normas/legislação pertinentes a educação brasileira.

Projetos Interdisciplinares
A escola propõe desenvolver estes objetivos através das seguintes ações, Adquirindo CD-ROM educativos para dinamizar a aula de inglês, avaliar os resultados atingidos com a execução das ações propostas no plano, realizar avaliação diagnostica dos alunos de 5° e 6° série em matemática, realizar uma reunião mensal para discutir as dificuldades encontradas pelos professores e propor soluções, realizar parceria com o SENAC para realização de cursos projetados pela escola, realizar uma gincana bimestral de conhecimentos gerais, com premiação visando melhorar a aprendizagem dos alunos e motivação pelo estudo, realizar trimestralmente um concurso de redação, poesia, paródia e pintura, implantar ações do projeto “sexualidade” com palestras sobre DST/AIDS, gravidez precoce, drogas, visando ampliar o conhecimento dos alunos e promover atitudes preventivas, implantar a modalidade EJA no 3° turno visando melhor distribuição nas séries, proporcional a idade, realizar um programa de estudos para implantar a modalidade EJA, elaborar um calendário de planejamento pedagógico quinzenal por área e disciplina, elegendo um coordenador em cada disciplina e finalmente elaborar planejamento das ações de leitura dos livros, gostar de ler, nas aulas, visando os objetivos do projeto.
Os projetos que estão em andamento na escola só atingem o turno da manhã e tarde, o turno da noite participa somente de projetos de Educação Física e Meio Ambiente.

Livro Didático
O tema do PNLD 2010 (Plano Nacional do Livro Didático) é Letramento e Alfabetização, teoria muito discutida na contemporaneidade, que vem alertar sobre os inúmeros agentes mediadores da aprendizagem, e sobre a importância de se ver a aprendizagem se processando em uma relação interativa entre o sujeito e a cultura em que vive.
Partindo deste princípio, o livro Português: Linguagens de Willian Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães, traça em sua organização conteúdos que seguem o PNLD de Língua Portuguesa, no aspecto interdisciplinar voltado para uma política metodológica que respeita o problema enfrentado pelo o aluno das referidas disciplinas, buscando inseri-lo na dinâmica do processo educativo, frente as suas necessidades sendo no âmbito familiar ou escolar e externo a esses ambientes.
Buscando solucionar problemas encontrados na leitura, oralidade, escrita, interpretação de textos, análises de textos e outros, o livro apresenta princípios, conceitos e orientações que possibilitem os alunos a alcançar e efetivar suas competências e habilidades no decorrer do Ensino Médio, as atividades propostas no livro aos alunos onde há a realização de leituras críticas sobre os acontecimentos históricos, culturais, sociais e cotidianos possibilitam desenvolver a criticidade dos alunos. Baseando-se no LDB n° 5.692/71, que antes dicotomizava Língua Portuguesa e Literatura, de forma a trabalhar separadamente a gramática, estudos literários e redação, tendo em vista que ambas estão interligadas os autores utilizam conteúdos interdisciplinares que desenvolvem o educando.
Os objetivos gerais propostos no livro didático resumem-se em: - Interpretar, analisar e criticar textos literários e não literários, - Desenvolver no aluno o gosto pela leitura, desibinição no ato de falar e escrever, - Reconhecer no ensino da gramática um auxiliar para o trabalho redacional e para análise interpretativa de textos e Empregar e explicar mecanismos de comunicação escrita que propiciam a correção, a clareza, a elegância e a concisão verbal.

Plano de curso
O livro didático Português: Linguagens foi dividido em 04 unidades e possuem conteúdos interdisciplinares.
Na 1ª UNIDADE: Democracia, cidadania e ética (1º Bimestre), os assuntos relacionados à Linguagem e sociedade, Convivência democrática são na maioria textos, os conteúdos que constituem esta unidade são: - A leitura e os processos de comunicação: comunicação, linguagem, a língua, o signo lingüístico, o canal, o código, os interlocutores, a mensagem, e referente; - A linguagem verbal e não verbal; - Dimensão social da linguagem: Variação linguística, variação sociocultural, geográfica e histórica, níveis e adequação da linguagem; - As variações de registro: Oralidade e escrita; - As variedades lingüísticas na construção de texto, e na norma padrão dos exames; - A arte literária: A natureza da linguagem literária; - Introdução aos gêneros literários; - A literatura Portuguesa: da Idade Média ao Classicismo; - A produção literária medieval: o teatro de Gil Vicente; - A poesia trovadoresca; - Periodização das literaturas portuguesa e brasileira.
Na 2ª UNIDADE: Meio ambiente e Qualidade de vida. (2º Bimestre), a Degradação e preservação, Educação e qualidade de vida, temos por base os conteúdos: - A relação entre fala e escrita; - Recursos expressivos fonológicos (onomatopéias); - Características do gênero narrativo; - Trabalhando o gênero: Fabula, conto e crônica; - Aspectos semânticos; - Figuras de linguagem; - Funções da linguagem; - O Classicismo; - O Quinhentismo no Brasil; - Periodização da literatura brasileira; - A literatura de informação.
Na 3ª UNIDADE: Sociedade tecnológica (3º Bimestre), Como lidar com as tecnologias e “Perigos” da internet, os autores utilizam tais conteúdos: - Aspectos semânticos; - A ambigüidade na construção de textos; - A ambigüidade como recurso e como problema de construção; - A dissertação; - O seminário; - Textualidade, coesão e coerência textual; - Gênero textual: O poema e sua estrutura; - Classe de palavras; - A linguagem barroca; - O Barroco português: A literatura do Padre Antônio Vieira; - O Barroco Brasileiro: Gregório de Matos.
Na 4ª UNIDADE: Trabalhando as diferenças (4º Bimestre) Diversidade cultural, religiosa, social e étnica, temos os conteúdos: Aspectos semânticos; - Gênero textual: Artigo e opinião; - Trabalhando a expressão escrita: ortografia e divisão silábica e acentuação gráfica; - Estrutura de palavras; - A história social do Arcadismo; - O Arcadismo português: Bocage; - O Arcadismo Brasileiro: a épica e a lírica.
Todas as unidades deste livro ao final dos conteúdos dão vários tipos de sugestão de atividades como: trabalhos em dupla, em grupos, individuais, pesquisas em músicas, internet, livros, sugere e dá nomes de filmes nacionais e internacionais como ‘A missão, A conquista do paraíso”, análises de filmes, obras literárias, trabalhos com registros fotográficos, debates e seminários. Tudo para que o aluno possa colocar em prática o conhecimento adquirido em sala de aula.

Os alunos enquanto razão principal da prática educativa
Nos dias atuais a escola atende 1.738 alunos que freqüentam a escola em dois turnos, um turno para assistir as aulas e outro turno para praticar atividades físicas, sendo que este ultimo é só duas vezes por semana, tendo acesso a sala de informática, a biblioteca e sala de vídeo, sendo que a sala de informática só funciona de manhã pois a noite não há ninguém capacitado que possa manusear os equipamentos. A taxa de evasão escolar atualmente é considerada alta, pois seu percentual é de 61% no turno da noite e espera-se reduzir para 40% o abandono no Ensino Médio. O aspecto socioeconômico dos alunos se mostra carente, mas tendo um nível cultural bastante significativo, pois o processo de aprendizagem destes é bastante dinâmico, os alunos participam ativamente das aulas e demonstram absorver com sucesso o conteúdo.

4- O ESTÁGIO (DESENVOLVIMENTO)

A Disciplina Estágio Supervisionado II: ensino da Língua Portuguesa iniciou-se no dia 03 de agosto deste ano, sendo concluída uma carga horária de 100 horas/aulas concluindo em 15 de dezembro, desenvolveram-se atividades dividindo-se em etapas como, conhecimentos teóricos em sala de aula, observações e participações na Escola-campo, regência de aula, finalizando com a construção de um blog.

4.1 Orientações técnicas no IESAP
A parte inicial do Estágio partiu da orientação e análises de alguns textos como o de Irandé Antunes, “Repensando o objeto de ensino de uma aula de português” que desencadeou a construção de uma resenha, no mês de agosto. Também ouve varias discussões sobre temas referentes ao ensino, juntamente com a socialização dos trabalhos, como um método avaliativo, no mês de setembro.
A partir de outubro foi trabalhado os PCNs dentro de sala, que também foi instrumento de avaliação, com a aplicação de uma atividade referente ao tema, recebemos as devidas orientações para organizar os projetos e planos de aula que foram utilizados nas práticas de regência no estágio, entregues no mês de novembro.

4.2 Observação e Participação no Contexto Escolar
No que se refere à prática do estágio, dia 18/10/10 às 18:00h as acadêmicas Lucélia Carvalho Pimenta e Suelen da Silva Araújo apresentaram-se na Escola Maria do Carmo Viana situada na Av.: Francisco Alves Corrêa nº 30, Bairro Jardim Felicidade II, e foram recebidas pelo Coordenador Pedagógico que nos indicou o professor e os horários de aulas que iríamos participar.
As 18h30min fomos encaminhadas para sala dos professores e apresentadas ao professor Carlos Silva que nos recebeu muito bem. Em seguida às 19h00minh nos direcionamos para turma 1032-1033 para iniciarmos nossa observação, a sala de aula e composta por duas turmas devido a grande evasão escolar existente na instituição, mesmo assim contamos apenas 25 alunos, que começam a chegar após as 19h30min, grande parte deles sai do trabalho direto para a escola e já chegam muito cansados. O professor nos apresentou aos alunos e iniciou sua aula de Língua Portuguesa com o assunto Estrangeirismos, mesmo cansados o professor faz com que os alunos participem com exemplos e a aula transcorre de maneira proveitosa para todos.
Dia 19/10/10 às 18h30min fomos para sala dos professores e esperamos junto com o professor Carlos o inicio da aula, às 19:00h os alunos começaram a chegar. A aula de Literatura foi sobre “A Era Colonial”, após explicação dos alunos o professor passou uma atividade e logo foi corrigida com participação de todos.
Dia 20/10/10 nos mesmos horários, o professor pede aos alunos que lhes façam uma redação (crônica) com titulo “Duas professoras visitam a escola”, os alunos tiram suas dúvidas e iniciam a redação, após conclusão alguns alunos leram seus trabalhos para todos.
Dia 25/10/10 às 18:00h as acadêmicas foram a sala dos professores mostrar os planos de aula ao professor Carlos, ele aprovou os planos e foram para turma. As 18h30min, mesmo com poucos alunos a acadêmica Lucélia Carvalho Pimenta iniciou sua intervenção, com uma conversa informal com alunos para dar tempo dos demais chegarem, a aula era de Língua Portuguesa com o assunto: “Linguagem Verbal”, inicio-se a aula falando dos objetivos e após explanou sobre o tema pedindo participação de todos, faltando 25min para o termino do horário apresentou um poema de Gregório de Matos “a Jesus Cristo Nosso Senhor”, deu as características, falou sobre o autor, e pediu-lhes que fizessem a interpretação do poema, os alunos concluíram suas interpretações e entregaram para acadêmica, ao término do horário a mesma fez as considerações finais.
A acadêmica Suelen da Silva Araújo início sua aula as 19h15min com o tema Linguagem Não verbal, apresentou os objetivos, explicou o assunto contando também com a participação dos alunos, passou uma atividade e ao término recolheu todas, em seguida deu início a uma dinâmica que fixaria o aprendizado do aluno, utilizou os dois temas e pediu que os dividissem a turma em dois grupos, os alunos faziam mímicas para seu grupo até os demais acertarem, com a vitória de um dos grupos os alunos foram recompensados com uma caixa de chocolate.
O professor Carlos avaliou o desempenho das acadêmicas e aprovou a dinâmica, nos despedimos da turma e do professor.
Iniciamos nos demais dias com as análises do PPP, PDE, Plano de curso, para fecharmos com as horas aulas exigidas pelo curso.
Dia 08/11/10 às 19:00h nos direcionamos a sala do Diretor da Escola Zozimar Uchôa da Silva. Após uma conversa informal, repassou dados relativos à organização da escola, à estrutura física, ao corpo docente, à equipe dirigente da escola, ao nível de organização dos diferentes segmentos da escola. Das informações obtidas pode-se ver que a escola possui uma quantidade de alunos por turma a noite considerada baixa em relação aos turnos manhã e tarde, as condições estruturais da escola não são boas, os laboratórios funcionam de maneira precária e não há área de lazer para os alunos. Existem equipamentos disponíveis como: televisão, computadores, vídeo cassete, retroprojetor, xérox, projetor de slides, filmes educativos, mas, não existem pessoas para manusear durante o turno da noite. Após a conclusão das perguntas ficamos na instituição até as 21h30min organizando todas as informações colidas.
No dia 09/11/10 às 18h30min , o professor Carlos Silva nos recebeu na sala dos professores e nos permitiu fazermos algumas perguntas relacionadas ao tempo de formação, as práticas educacionais do contexto aluno-professor, aos seus métodos de avaliação, idade dos alunos, situação econômica.
No dia 10/11/10 às 18h15min, nos direcionamos para coordenação onde pedimos os documentos necessários para análise do PPP, PDE, Plano de curso, ficamos na escola até as 22:00h e concluímos todas as análises exigidas pelo projeto de estágio.
No dia seguinte as 08h45min, esperamos na área de lazer dos alunos até alguém responsável pela documentação chegar e poder nos fornecer os dados, recolhemos todas as informações que faltavam para o termino de nossas horas aulas, como o histórico da instituição, fotos da estrutura da descola e outros que ainda não tínhamos em mãos, saímos da escola as 12h15min.

5- CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Estágio Supervisionado nos possibilita por em prática as teorias e orientações que nos são repassadas por nossos mestres. Percebemos sua importância nas observações, análises, anotações, que são feitas de modo positivo ou não para que possa se chegar aos resultados obtidos observa-se também como os discentes interagem com seus alunos, o andamento da escola, interesse por parte dos alunos pelas aulas e principalmente se a escola esta dando o suporte necessário para a formação pessoal e profissional dos alunos.
Os dias vivenciados na Instituição nos permitiram observar todo o contexto escolar desde a recepção dos seguranças ao atendimento do diretor, todos foram muito receptivos e contribuíram com nossa pesquisa. Durante a ação pedagógica utilizamos atividades que levavam os alunos a criarem suas opiniões mesmo que erronias, a dinâmica desenvolvida nos fez perceber que os alunos estão abertos a receber novos métodos de ensino, principalmente o turno da noite que recebe alunos que trabalham o dia inteiro, mães que abandonaram os estudos e recomeçam com uma idade já avançada, todos já chegam cansados com a lida do dia, mas nota-se que o desejo de mudança é grande, a maioria dos professores existentes na escola não trabalham com metodologias atuais e tornam o aprendizado cansativo.
Constatou-se que a aproximação com o espaço escolar faz com que os acadêmicos vivenciem experiências que só teriam em sala de aula, tornando-os mais capacitados e preparados para enfrentar as barreiras que encontraram em sua profissão. Espera-se que os novos professores criem um ambiente que propicie aos alunos os saberes necessários para sua formação tanto na vida pessoal quanto profissional.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetro Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação, 1999. 364p.

CEREJA, Willian Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português/Linguagens. Vol.1, 6ª. Ed.Revista e ampliada, São Paulo, Editora Atual, 2008.

Repensando o objeto de ensino de uma aula de português. In: ANTUNES, Irandé. Aula de Português. Ed.Parábola, 2003.

SAVIANI, Dermeval (1944). A nova Lei da Educação: trajetória, limites e perspectivas. 10ed. Campinas, SP. 2006.

TERRA, Ernani. Português de olho no mundo e no trabalho: volume único.- São Paulo: Scipione, 2004. – (Coleção de olho no mundo do trabalho).