quarta-feira, 13 de julho de 2011

1 - APRESENTAÇÃO
O presente trabalho expõe o resultado do Estágio Supervisionado III: Docência em Literatura de Língua portuguesa do Curso de Licenciatura em Letras Português/Francês e suas respectivas Literaturas do Instituto de Ensino Superior do Amapá - IESAP. Os dados que serão aqui relatados foram obtidos através da observação e intervenção realizados no colégio Moderno – Centro de Educação, Ensino e Cultura.
Tendo em vista a necessidade de uma experiência prática, o estágio teve como objetivo aliar os fundamentos teóricos adquiridos ao longo da formação na academia com a prática real do fazer pedagógico demonstrando assim o quanto é enriquecedor e importante esta etapa da formação acadêmica e profissional do futuro docente.
Dessa forma, o estágio oportuniza vivenciar a realidade do cotidiano escolar em todos os seus aspectos como reconhecer a estrutura física, organização administrativa, didática e disciplinar enquanto elementos indispensáveis para o bom desempenho do processo ensino aprendizagem, bem como os desafios que os envolvidos na tarefa de educar encontram diariamente nas redes de ensino, servindo como iniciação profissional, pois permite uma relação direta com profissionais proporcionando uma rica troca de saberes.

2 – IDENTIFICAÇÃO DOS AUTORES
Adriana Santos é acadêmica do 6º semestre de Letras Português/ Francês, Instituto de Ensino Superior do Amapá – IESAP. Cursou o Ensino Médio na escola José de Alencar, situada no bairro Perpétuo Socorro na cidade de Macapá. Ela é casada com o comerciante Pedro Borges de Sousa, tem dois filhos: Whaglly Ferreira e Peter Ferreira, filha da professora e diretora Mirian da Silva e Valter Duarte. Seu principal objetivo profissional é fazer Linguística.

Jackson Jonas Gualberto Ferreira é acadêmico do 6º semestre de Letras Português/ Francês no Instituto de Ensino Superior do Amapá – IESAP. Cursou o Ensino Médio na Escola Estadual Dr. Alexandre Vaz Tavares, situada na Av. Feliciano Coelho no bairro do Trem na cidade de Macapá. Solteiro. Seu principal objetivo profissional é ser Professor de Língua Francesa, Administrador e Dentista.

3 - DADOS DA ESCOLA CAMPO
Colégio Moderno, localizada na Avenida Feliciano Coelho bairro do Trem, na cidade de Macapá.
Professora colaboradora: Mônica Chucre, Turmas 113, 1º ano do Ensino Médio, 1º turno e assistiram às aulas 32 alunos.

4 - RELATÓRIO DO ESTÁGIO
Os acadêmicos Adriana Santos Ferreira, Jackson Gualberto Ferreira e Valmira dos Santos Cordeiro, do Instituto de Ensino Superior do Amapá – IESAP, do curso de Licenciatura em Letras Português/Francês e as Respectivas Literaturas, realizaram o Estágio Supervisionado III: Docência em Literaturas de Língua portuguesa sob orientação da Professora Katiúscia. Esse foi concretizado no Colégio Moderno, situado na Rua Feliciano Coelho, bairro do Trem na Zona Sul da cidade de Macapá. O Estágio Supervisionado III: Docência em Literaturas em Língua portuguesa foi realizado no contexto escolar, precisamente na turma 113, no primeiro turno, sob a regência da professora Mônica Chucre. com carga horária de 20/há. Teve início dia 13 de junho e concluído no dia 17 de junho do referido ano.
Tendo em vista a necessidade de uma experiência prática, onde aplicou-se grande parte dos fundamentos aprendidos ao longo dos períodos anteriores com os princípios teóricos estudados, agora trabalhados em sala de aula, neste momento aliou-se a teoria à prática, demonstrando assim, o quanto é enriquecedor e importante essa etapa da formação acadêmica e profissional do futuro docente.
Dessa forma, para melhor apresentar o resultado dessa experiência, o presente relatório será dividido em tópicos para melhor compreensão.
No dia 13 de junho de 2010, foi entregue o ofício referente ao estágio na sala da supervisão pedagógica a Cristane, essa logo deu-nos o parecer favorável ao estágio. Na secretaria escolar iniciamos nossa pesquisa e obtivemos informações no que se refere à instituição de ensino e a sala na qual faríamos estágio.

No dia seguinte 14 de junho, confirmamos nosso estágio na sala 113 regida pela professora Mônica Chucre que nos recebeu gentilmente e logo nos apresentou a turma, essa apresentava o assunto Barroco. A professora demonstrou domínio de conteúdo, contextualiza o assunto com outro temas, sempre reforça o conteúdo para avaliação, sempre que surge oportunidade apresenta a disciplina de Língua Portuguesa. Estava presente na sala 32 alunos, esses estavam eufóricos, e desatentos ao assunto que segundo a docente era conteúdo para avaliação. A professora busca atenção dos alunos através de perguntas dirigidas para melhor desenvolvimento de sua aula.
No terceiro dia, 15 de junho de 2011 observamos o espaço escolar e suas dependências, constatamos que de modo geral o colégio possui um excelente espaço escolar propício a formação de seus educandos; as salas de aulas são amplas e climatizadas com boa iluminação. Os banheiros masculinos e femininos são bem limpos. São disponibilizados para os alunos bebedores, lanchonetes, uma Xerox , elevador que pode atender deficientes, dois laboratórios, uma biblioteca, duas quadras de esporte e uma venda de bombons.
No dia 16 de junho de 2011, realizamos a aula de intervenção, a qual foi dividida em dois momentos: a primeira aula foi ministrada pelo acadêmico Jackson Gualberto Ferreira ele iniciou a aula cumprimentado a turma e apresentando o conteúdo sobre Barroco, expôs o assunto a partir do contexto histórico, explicando as características e traços desse movimento. Logo após, distribuiu o texto “ÂNGELA” para que os alunos pudessem fazer a leitura e compreensão do mesmo. Em seguida, aplicou uma atividade para identificação dos traços do Barroco no texto desenvolvido e fez a correção texto junto com a turma.
A segunda aula 17 de junho foi desenvolvida pelas acadêmicas Adriana Ferreira e Valmira Cordeiro. A primeira aula foi ministrada pela acadêmica Valmira Cordeiro que deu continuidade no tema “Barroco” ela abordou o assunto a partir de um tema posto no data shom, que conceituava, caracterizava e apresentava o contexto histórico do mesmo .A acadêmica desenvolveu sua aula a partir de perguntas dirigidas como: sobre o final de semana deles. vocês conhecem esse movimento? Qual sua principal características? Quais seus principais autores. Após as perguntas dos mesmos, a acadêmica apresenta o contexto histórico, conceitua e caracteriza o Barroco. Para finaliza ela desenvolve uma atividade que foi resolvida em conjunto com a turma.

Após a aula da acadêmica Valmira dos Cordeiro,a acadêmica Adriana Ferreira dá inicio a sua aula desenvolvendo o mesmo tema, ela iniciou sua aula apresentando-se aos alunos, E para iniciar o assunto ela pergunta os que eles lembram da aula anterior que abordou o mesmo tema. Ela explora as características e contexto histórico do movimento Barroco no poema “A instabilidade das cousas do mundo” de Gregório de Matos. Para reforçar o assunto a estagiaria trabalhou análise semântica e estrutural do texto, após a leitura do soneto pelo um aluno e análise do mesmo, conclui-se essa aula com a solicitação de uma atividade de pesquisa sobre o Barroco para próxima aula.
A turma 113 mostrou-se prestativa, participou das atividades, compreendeu o assunto, suas dúvidas foram socializadas; observou-se também o interesse por novos conhecimentos, a criticidade, o companheirismos e respeito o entre os mesmos.

5 - BIOGRAFIA DO LIVRO DIDÁTICO
Título: Linguagens. Literatura – Produção – Gramática volume I.
Autor: William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães
Data de Impressão: 2002
Números de páginas: 320
País de origem: Brasil
Editora: ATUAL

5.1 ANÁLISE DO LIVRO DIDÁTICO
Como o estagio foi realizado na turma de Ensino Médio, o livro escolhido para a análise trata-se de um dos manuais utilizado pelo professora Mônica Chucre para elaboração de suas aulas.
5.2 Estrutura básica da obra estudada
O livro “Português Linguagens. Literatura – Produção – Gramática volume I, ano 2002, para a 1ª série do ensino médio de William Roberto Cereja e Thereza
Cochar Magalhães, de objeto de análise neste tópico, foi produzido e desenvolvido pala Atual Editora com 320 páginas. Essas têm dimensões de 273mm de altura por 205mm de largura. O papel usado na publicação é branco semibrilhante, ou seja, não absorve nem reflete a maior parte da luz que incide, o que facilita o realce das letras, cores e imagens com exceção do “sumário”, “início de cada unidade”, “Em dia com o vestibular” e o “Intervalo” apresentando fundo de cores variadas. Apresenta capa colorida e ilustrada, sumário, abertura de unidades e capítulo, início de conteúdo envolvendo aí as seções, e “Intervalo” que fecha cada unidade. As páginas apresentam elementos de destaques, caixas de informação, de formas e cores diferentes. Essas formas coloridas, preenchidas por pequenos textos e imagens estão imprimidas em todas as páginas como elemento favorável para o aprendizado pois desenvolve a competência visual.

5.3 Organização das unidades
Observando o sumário percebemos que cada unidade temática é composta por capítulos e uma última parte chamada de “intervalo”. Cada capítulo possui uma seção assim intitulada: “Língua: uso e reflexões”, “Literatura”, “Produção de texto”, presentes em todas as unidades. Percorrendo a obra, ocorrem repetições de seções em vários Capítulos das 4 unidades: na unidade I, os capítulos 1 e 6 contemplam a seção “Língua: uso e reflexão”, os capítulos 2 e 3 com as seções “Literatura” e os capítulos 4 e 5 com a seção “Produção de textos”. Na segunda unidade os capítulos 8, 13 e 15 trabalham a seção “Literatura”, os capítulos 9, 11 e 14 com a seção “Produção de textos” e os capítulos 10 e 12 para a seção “Língua: uso e reflexão”. Na terceira unidade os capítulos 16, 17, 20, 23 e 26 contemplam a seção “Literatura”, os capítulos 18, 21 e 25 com “Produção de textos” e os capítulos 19, 22 e 24 com a seção “Língua: uso e reflexão”. E por fim, a quarta unidade apresenta os capítulos 27, 28, 31, 34 e 36 para a seção “Literatura”, os capítulos 29, 32 e 35 para a seção “Produção de textos” e os capítulos 30 e 33 para a seção “Língua: uso e reflexão.
Observando ainda o sumário percebemos que as seções dos capítulos são compostas de vários títulos e que alguns se repetem somente em algumas seções como: “Leitura”, “Trabalhando o gênero” e “Produção de textos”. Os demais aparecem nas seções com conteúdos específicos tratados em cada uma. Ainda no sumário percebemos que abaixo de cada seção aparece uma imagem eferente ao texto-base e que reaparecerá logo na primeira página de cada capítulo.

5.4 Com relação aos textos
A obra apresenta uma série de imagens e textos que se relacionam, criando um todo pleno de significado para o aprendizado do aluno, contemplando os conteúdos específicos da matriz curricular para o 1º ano do ensino médio. Cada capítulo inicia com um ou mais textos seguidos de questões interpretativas.
Percebe-se uma variedade significativa de textos dos mais variados gêneros como: tira, gíria, textos extraídos da internet, revistas, jornais, fábulas, contos, crônicas, letras de musicas e muitos outros, possibilitando o contato com essa gama de tipos lingüístico-gramaticais, com assuntos do cotidiano, que envolve política, ética e outros problemas sociais incentivando o debate e a formação de senso critico frente as diferentes situações da vida (como o artigo de opinião: “Como prevenir a violência dos adolescentes” presente no livro na página 270) assim como aproximando o aluno das situações reais de produção, levando-o a interpretar, a compreender o funcionamento dos gêneros em suas peculiaridades, sentido e função de maneira que adquira domínio sobre eles como sugere os PCNs para o ensino médio.
O manual apresenta ainda textos dos ícones da literatura portuguesa (Gil Vicente, Camões...) e literatura brasileira como: Oswald de Andrade, Gregório de Matos o que favorece o contato com os clássicos da nossa cultura despertando o gosto pela leitura.

5.5 Quanto à compreensão das atividades e exercícios:
Em todas as seções cada título trabalhado sugere uma atividade, assim quanto maior o número de seções, mais exercícios. Tomando como exemplo o capítulo 3, páginas de 27 a 34, na seção “Literatura” o livro trabalha 8 títulos somam-se quatro atividades, todas relacionadas com os textos em estudo. As questões são bem subjetivas, exigindo do aluno que responda e justifique a resposta, exigindo do aluno um entendimento mais aprofundado do texto. No primeiro momento parecem difíceis, mas se os textos forem bem trabalhados quanto à compreensão, interpretação e análise e com o auxilio do professor, o aluno terá êxito e desenvolverá competências para a leitura, compreensão e escrita.

5.6 Quanto ao incentivo à leitura
Partindo do princípio de que a escola é a principal responsável pela formação de leitores e que o manual didático é apenas um dos recursos nesse processo que precisa ser contínuo, supõe-se que quanto mais chances de contato com o texto literário, maiores serão as possibilidades de incentivo ao gosto pela leitura.
Nesse sentido, a obra analisada, apesar de apresentar uma variedade de textos literários (muitos na íntegra e outros apenas em fragmentos), que estão atrelados a prática de ler para responder questões do conteúdo programático e quase sempre com fins avaliativo. Ainda assim, poderá servir como ponte para o prazer de ler se bem trabalhados na sala de aula de modo a suscitar no aluno o desejo em conhecer melhor o autor e suas obras.
Dessa forma aliando ao livro didático outras atividades complementares, somado a criatividade e o dinamismo do professor, a resistência pelo gosto na leitura tenderá a diminuir.

5.7 Quanto ao incentivo da produção de Textual
O livro trás em alguns capítulos atividades que incentivam a escrita como a produção de textos a partir de temas sugeridos, reescritura de textos partindo do texto estudado, produção com orientações e produção livre. As lacunas deixadas em ralação à produção escrita podem ser propositais visando não tolhir as criatividades do professor que poderá elaborar atividades diversificadas para desenvolver habilidades de escrita nos educandos.

5.8 Síntese do livro
O livro apresenta a abordagem teórica, considerando a natureza da literatura e sua relação com a sociedade, o uso do texto literário na sala de aula, sua recepção e seu papel na formação do leitor, o estatuto da área de estudos da literatura a partir das propostas pedagógicas dos órgãos competentes, a relação com a Língua Portuguesa; expõe ainda uma explanação sobre cada unidade do livro didático. Há uma estrutura que incentiva a pesquisa, faz a análise propriamente dita dos assuntos considerando os objetivos, atividades, metodologia adotada, seleção de autores e obras, conceitos, classificações em gêneros e períodos literários e relação estabelecida entre a literatura e as demais artes , entre as demais áreas de ensino. Para isso, é realizada uma análise reflexiva do conteúdo através de exercícios dos exemplares e das informações constantes no “Manual do Professor”. Estabelece ainda uma discussão geral, a partir do assunto inserido nas unidades, apontando sugestões para complementar o conhecimento do aluno suprindo falta dos assuntos não abordados, para que, assim, os livros possam contribuir, com novas propostas.

6 - REFERENCIAL TEÓRICO
Em preparação o Estágio Supervisionado III: Docência em Literaturas e Língua portuguesa foram realizada leituras e reflexões de teóricos que tratam de temas relacionados à prática de estágios e o ensino da língua materna, atendendo o que diz a lei de Diretrizes e Bases da Educação LDB 9394/96 nos seus artigos como pode ser visto em alguns trechos da lei a seguir:
Art. 61 – A formação de profissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e às características de cada fase do desenvolvimento do educando, terá como fundamentos:
I- a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço;
II- aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades.
Art. 62 – A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, oferecida em nível médio, na modalidade normal.

Art. 82 – Os sistemas de ensino estabelecerão as normas para a realização dos estágios dos alunos regularmente matriculados no ensino médio ou superior em sua jurisdição
Segundo Pimenta e Lima (2004) o estágio agrupa vários conhecimentos que adéquam o educador a uma postura favorável ao seu exercício profissional, entre esses benefícios está à construção da identidade do educador. Para solidificar suas teorias, elas expõem fundamentos que auxiliam na construção da identidade do educador.
Ambas relatam que a busca pela identidade do docente tem despertado a atenção de teóricos, pois, essa identidade reflete suas ações como profissional formador. No entanto, para discussão de seu papel profissional é necessário analisar os elementos favoráveis à construção de sua identidade, partindo de perguntas que o levem à descoberta dos benefícios ao ofício de sua profissão. A construção da identidade do professor é um processo contínuo, porém, sua atuação no exercício de sua função é de suma importância para firmar seu papel como profissional da referida área, e o estágio vem burilar esse processo de formação, através da construção dessa identidade, como afirma Buriolla (1999, p.10):
O estágio é o lócus onde a identidade profissional é gerada, construída e referida; volta-se para o desenvolvimento de uma ação vivenciada, reflexiva e criativa e, por isso, deve ser planejado gradativamente e sistematicamente com essa finalidade.
De acordo com Guimarães (2004) a identidade do professor é interdisciplinar e complexa, por envolver variados campos de atuação, que atribuem significados ao ofício do professor, ou seja, os fatores externos modelam sua identidade. É valido salientar que os aspectos mencionados são favoráveis a qualificação do educador, dando alicerce as suas atribuições ocasionando um confronto entre as experiências anteriores e posteriores à sua formação; esses requisitos expostos darão suporte ao seu ingresso profissional.
O estágio como experiência para qualquer trabalho, busca preparar o aprendiz para um exercício congruente a sua atuação, o mesmo também dá alicerce à formação do professor. A análise sobre sua prática contribui para legitimar e efetivar sua identidade docente. O estágio produz decisão determinante na postura do professor quanto ao trabalho a ser desenvolvido por ele no momento de sua atuação.

Campos (2010) afirma que reunir os conhecimentos que valorizam o processo de ensino-aprendizagem é de fundamental importância para o educador, pois o estudo desses conhecimentos torna-se indispensável na formação do futuro professor objetivando dar-lhe uma visão geral da trajetória de sua história educacional, teorias e práticas em cada momento da caminhada, o que deu certo, o que não funcionou como forma de ajudá-lo a compreender a educação atual.
Toda essa gama de conhecimento é estudada e analisada durante a formação acadêmica do profissional , sua finalidade, seus conteúdos e métodos à luz das teorias das mais diversas áreas do conhecimento que estudam o desenvolvimento humano no sentido de dar suporte para organizar, melhorar a prática pedagógica e dessa forma contribuir para um sistema educacional mais voltado para a realização humana.
O educador compromissado vale-se dessas reflexões e desenvolve meios, teorias no intuito de solucionar e organizar de forma sistemática o processo de ensino e aprendizagem que atenda um novo perfil de sociedade, para tanto prima por conteúdos do mais simples ao mais complexo. Para esse educador não há educação eficaz, quando os conteúdos estão dissociados da realidade do educando é necessário levá-los a refletir e questionar visando melhorar, transformar primeiramente sua realidade e assim poder avançar para uma visão mais ampla, de país e de mundo.
Diante do que foi exposto, questionamos a postura do professor de Literatura sobre o ensino da mesma. Esse, ao fazer uso efetivo da norma padrão nas escolas está considerando a língua materna no processo ensino aprendizagem ? Sua conduta justifica a aversão ou aceitação de alunos por essa disciplina, uma vez que eles partem de uma norma desconhecida. O educador deve iniciar sua aula considerando a língua materna do aluno, pois é fazendo uso dessa língua que o educando se comunica, por isso, o professor precisa fazer o melhor uso possível da língua portuguesa, em suas múltiplas variedades regionais e sociais e nas mais diferentes situações de interação verbal, pois dessa maneira ele estará construindo relação com ambas línguas como nos diz Kleiman (2005):
(...) quando mais a escola se aproxima das práticas sociais em outras instituições o aluno poderá trazer conhecimentos relevantes das práticas que já conhece, e mais fáceis serão as adequações e transferências que ele virá a fazer para outras situações da vida.
Bender (2007) considera que a literatura apresenta conteúdo social sem perder sua característica própria, a literariedade. E desde que isso seja respeitado, pode ir para o ambiente escolar e contribuir para a construção do conhecimento. No Ensino Médio, constitui-se enquanto componente curricular, mas há a possibilidade de ser considerada uma subárea do ensino de línguas. Essa questão faz-se presente nos livros didáticos que, geralmente, estabelecem divisões em Literatura, Gramática e Redação, dentro da área denominada Português.
De acordo com Bender análise dos livros didáticos de literatura demonstra tendência no seguimento de determinados cânones, tanto em relação à escolha dos autores, como das obras. O conceito de literatura e a classificação em gêneros literários são discutidos, mas sem aprofundamento. Apesar da intertextualidade apresentada, o conteúdo parte de uma seqüência periodológica, que contextualiza as obras historicamente, mas de modo estanque. Há criatividade na exposição de textos e nas propostas de trabalho, estabelecendo-se relações entre a literatura e as demais modalidades artísticas, faltando, porém, uma contraposição entre a natureza de cada qual e propostas que façam com que sejam analisadas suas semelhanças e diferenças, podendo-se chegar, assim, a discussões sobre a especificidade do literário. Para a autora, a análise do livro de literatura deve obedecer diferentes critérios de observação. Veja abaixo:
(...) uma análise descritiva de livros didáticos utilizados nas aulas de Literatura do Ensino Médio, devem investigar como esse conteúdo é apresentado em títulos dos mais usados atualmente nas escolas. Para as análises são levados em conta seus objetivos, propostas de atividades, envolvendo formas de trabalho e avaliação, critérios de seleção e comentários de autores e obras, modos de trabalhar os conceitos de literatura e a maneira de os textos serem classificados em gêneros e períodos. Junto a isso, observar como o conteúdo literário dialoga com as demais linguagens e como é conduzido seu estudo em relação ao ensino de línguas. (BENDER, 2007,)
Artunes ( 2005) diz que o uso do livro didático como único recurso veio podar a criatividade de professores, uma vez que estes perderam a prática da pesquisa, e tornaram-se meros transmissores dos conteúdos dos livros didáticos.

Dessa forma, para a autora, o ensino deve perpassar pelo estudo do texto, pois todo ato de comunicação não acontece por palavras e frases soltas, mas através de textos. Assim, para desenvolver as habilidades de falar e ouvir a pesquisadora elenca atividades das mais simples a mais complexas que dependendo do nível da turma podem ser trabalhadas mediadas pelo professor. A autora reforça a importância da competência de saber ouvir adequadamente, isto é, escutar interagindo com quem fala; somente assim se pode questionar, concordar ou não com a fala do outro. Ainda sobre a escuta, ela sugere aos professores primarem pelos discursos mais formais como: uma reunião, um aviso, um debate, seminário que vão dotar aos alunos de habilidades para que em qualquer situação social saibam se portar adequadamente.
Segundo a autora o trabalho da habilidade da escrita, parti da ação educadora em enumera vária gêneros textuais, em adequar diversas situações ao nível do aluno. Toda e qualquer atividade de escrita precisa ser contextualizada, caso contrário se torna vazia de sentido para o aluno, pois não diz nada de si, de seu cotidiano, caindo no descaso e desinteresse pela escrita. Outro aspecto apontado pela autora trata do plano de escrita que pela sua complexidade exige um planejamento: o pensar, o escrever, o revisar, reescrever quando necessário até que se chegue a um bom texto, bem delimitado, coerente e conciso não necessariamente extenso. O aluno precisa ter claro a importância do ato de escrever, para que assim ele possa externar com maestria seu pensamento, ponto de vista para interagir com o outro.
No que tange a leitura, a autora sugere ao professor que este traga para o contexto de sala de aula a gama de gêneros textuais que circulam na sociedade e sejam trabalhados de forma sistemática a leitura, a estrutura de cada gêneros, seus elementos lexicais e gramaticais de modo a familiarizar os alunos com as particularidades de cada gênero. A autora menciona que a criatividade do professor é vital para trabalhar essa competência e cabe a ele buscar situações dentro e fora do contexto escolar que favoreça o exercício da leitura e entendimento do texto. O ler para interagir, ler a vida, a sociedade, quebra o paradigma da leitura como tarefa escolar e pura decodificação.
Para a autora mais vale saber que sentido causa um MAIS na compreensão do texto que saber a que classe pertence.
Nessa nova perspectiva do ensino, a autora fala do objetivo único que se desdobra para aquisição das quatro competências que o educando deve desenvolver com fluência no uso da língua em estudo, a fim de saber, falar, ouvir, escrever e ler com competência. A autora ressalta ainda ao professor, ser preciso banir de sua pratica pedagógica o ensino da gramática pela gramática e o uso do texto somente como pretexto para dele extrair conceitos gramaticais. A autora acha de grande valia o aluno saber que habilidade se pretende alcançar com essa ou aquela atividade e assim contribuir de forma ativa com seu aprendizado.
A metodologia apontada pela autora para se ter estudo relevante para obtenção das competências em questão seria aulas voltadas para atividades e produção objetivando a promoção de leitores competentes. Nesse sentido, ela sugere a criatividade do professor, que deve criar oportunidades de analisar e estudar os fatos lingüísticos. Antunes diferencia a “gramática” de “regras de gramática” ou “gramática da língua”. A primeira centra-se nas nomenclaturas, nas classificações, análise morfológica ou sintática que constitui uma parte da gramática, a segunda vem determinar o uso, a aplicação destes elementos na superfície do texto para dar-lhe sentido. Para isso, a autora aponta alguns aspectos que considera mais relevantes na análise linguística em textos no que concerne a função de cada um no interior deste: o uso do substantivo, dos adjetivos ou locução adjetiva, os verbos, os pronomes, conjunções, preposições, a ampliação do vocabulário através das relações de sinonímia, hiperonímia, antonímia, homonímia e partonímia todos em movimento nos diferentes gêneros textuais, com suas especificidades e não de forma estanque e descontextualizados.
Diante do exposto, percebe-se que nesta nova forma de conceber o ensino de Literatura no que se refere ao desenvolvimento das habilidades, o efeito esperado virá quando o texto for utilizado como instrumento de ação e reflexão, visando ampliar a competência do aluno para o exercício cada vez mais pleno da fala e da escrita, bem como a escuta e a leitura, nesse sentido, as orientações e sugestões, que podem ser desenvolvidas no âmbito da escrita, da leitura, da reflexão gramatical e da oralidade são de grande valia para esta nova postura, mas não podem ser vistas como receitas prontas e acabadas e não visam podar a criatividade do professor, mas incentivar a criar suas próprias atividades.
De acordo com Gurgel e Sousa (2004) a prática docente é o processo ensino-aprendizagem concretizado no determinado contexto sócio-histórico, ira burilar a interação de cada educador, preparando-o para o dialogismo entre docente x discente para que aja uma organização no seu ambiente de trabalho, percebendo que o aluno não é um objeto a ser manipulado, mas a ser conquistado através de um trabalho participativo, coletivo, interdisciplinar e maturativo, porém é necessário transpor barreiras e encarar novos desafios, ser otimista, manter uma postura transformadora e formadora.
A escola como instituição social não pode e não deve ficar à margem da sociedade; o sujeito do ensino é o aluno e ele está inserido em uma realidade que não pode ser desconsiderada, portanto é um ser de relação, por isso, a escola precisa ir além da mera transmissão de conhecimento e trabalhar o aluno na sua dimensão física, cognitiva e humana. Dessa forma, a responsabilidade pela educação é compromisso de todos, de modo a buscar a dar atenção aos conteúdos, métodos, recursos e técnicas avaliativas, procurando a interdisciplinaridade que esteja em consonância com esta sociedade que é complexa e precisa de sujeitos ativos construtores de suas próprias histórias.
A instituição escolar, por estar inserida no contexto histórico-político, recebe fortes influências de seu sistema educacional que é regido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9.394/96 e pelas políticas governamentais. Por isso, entendemos que o aspecto político a ser trabalhado no aluno depende sobremaneira da consciência política do professor, do compromisso que ele tem com uma educação para transformação de uma realidade que não corresponda aos anseios do mercado.
Diante disso, compreendemos que o educador de Literatura pode sim contribuir para transformação da prática pedagógica, desde que ocorra uma interdisciplinaridade no conteúdo e na prática, pois ela disponibiliza métodos, formas, meios, recursos e técnicas viáveis que quando articuladas e bem trabalhados trarão resultados benéficos para escola e a sociedade.

7 - PLANO DE AULA:
I - Identificação
Colégio Moderno
Diretora: Maria de Paiva Araújo
Professora: Jackson Jonas Gualberto Ferreira
Disciplina: Literatura
Série: 1º ano Turma: 113 Turno: matutino
Tempo: 45 min.
Data: 16.06.2011
II- Assunto:
Traços da Estética Barroca.
III- Objetivos Específicos:
Conhecer a o movimento Barroco.
Reconhecer os traços da estética Barroca.
Empregar e identificar de forma precisa os traços do Barroco.
IV- Conteúdo:
O período Barroco, sucedeu o Renascimento no fim do século XVI ao final do século XVII, estendendo-se a todas as manifestações culturais e artísticas européias e latino-americanas. Em sua estética, o barroco revela a busca da novidade e da surpresa, o gosto pela dificuldade, pregando a idéia de que nada é estável, tudo deve ser decifrado. A tendência ao artifício e ao engenho, a noção de que no inacabado reside o ideal supremo de uma obra artística. A literatura barroca se caracteriza pelo uso da linguagem dramática expressa no exagero de figuras de linguagem, de hipérboles, metáforas, anacolutos e antíteses.
Características: O barroco é conhecido como "a arte do conflito", pois o homem estava dividido entre dois valores diferentes (teocentrismo x antropocentrismo). Em vista disso, o barroco se divide em duas correntes (uma otimista e uma pessimista). Por essa mudança na mentalidade, o homem entra numa grande depressão, pois ele não pode mais recorrer a Deus. Esse conflito vai se refletir nas artes da época: relevo na arquitetura, movimento na escultura, luz e sombra na pintura, contra-ponto na música e antíteses e paradoxos na literatura.
Traços:
1- Fusionismo: É a fusão de duas visões antagônicas, a medieval e a renascentista, em uma síntese que se expressa de modos diferentes nas varias linguagens artísticas.
2- Culto do contraste: decorrência da fusão de visões de mundo, o culto do contraste aproxima elementos opostos tentando conciliá-los, tais como: pecado/perdão, carne/ espírito, amor/sofrimento, juventude/ velhice, religiosidade/erotismo, céu/terra.
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3- Conflito entre o eu e o mundo: esse traço já presente no Renascimento, o artista não compreende mais o mundo em que vive, pressionado pelo antagonismo entre a razão e a fé.
4- Pessimismo: decorrência do conflito existencial, muitos textos e expressões artísticas barrocas revelam uma concepção triste e pessimista da vida terrena, que contrasta com a beleza a luz e a gloria da vida celestial.
5- Feísmo: preferência pelos aspectos cruéis, dolorosos, sangrentos e ate repugnantes da realidade. Procurava mostrar a miséria humana.
6- Intensidade: desejo de exprimir intensamente o sentido da vida, caracterizado pelo exagero na expressão dos sentimentos e sensações rompendo o equilíbrio, contenção e a harmonia Renascentista.
7- Rebuscamento da Linguagem: linguagem rica, trabalhada, cheia de recursos imagéticos. Cada modalidade artística exprime esse traço a sua maneira. (A literatura recorre a uma sintaxe rebuscada e a grandes números de figuras, como antíteses por exemplo: que dão conta de expressar os aspectos contraditórios da visão de mundo barroca)
Texto 1
Anjo no nome, Angélica na cara.
Isso é ser flor, e Anjo juntamente,
Ser Angélica flor,e Anjo florente,
Em quem, senão em vós se uniformara?
Quem veria uma flor, que a não cortara
De verde pé, de rama florescente?
E quem um Anjo vira tão luzente,
Que por seu Deus, o não idolatrara?
Se como Anjo sois dos meus altares,
Fôreis o meu custódio, e minha guarda,
Livrara eu de diabólicos azares.
Mas vejo, que tão bela, e tão galharda,
Posto que os Anjos nunca dão pesares,
Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.
Atividade
De acordo com o texto responda e justifique as questões abaixo:
1) Quais Traços da estética Barroca estão presentes no texto?
2) Quais as duas imagens que o nome da amada sugere em torno da expressão poética?
V- Conteúdos interdisciplinares:
Língua Portuguesa: Sintaxe
Arte: Texto
VI- Procedimentos Metodológicos:
1º Momento: Apresentação e exposição do conteúdo – Barroco
2º Momento: Explicar os traços da estética barroca.
3º Momento: Apresentação e leitura do texto com a turma.
4º Momento: Aplicar uma atividade baseada no texto “Ângela” feita em folha A4.
5º Momento: Correção da atividade, identificando os aspectos presentes no texto.
6º Momento: Considerações finais.

VII- Recursos:
HUMANOS: Professores e alunos
MATERIAL: Quadro magnético, pincel atômico, apagador, data Show e papel A4.

VIII- Avaliação:
Critérios: Participação, interesse.
Instrumento: atividade escrita sobre identificação dos aspectos da estética barroca.

IX-REFERÊNCIAS:
DE NICOLA,José. Português: ensino médio, volume 1. –São Paulo: ed. Scipione, 2005.
FARACO, Carlos Alberto. Português: Língua e Cultura, ensino médio, volume único – Curitiba: ed. Base, 2003.

7. I PLANO DE AULA
Colégio Moderno
Diretora: Maria de Paiva Araújo
Professora: Adriana Ferreira e Valmira Cordeiro
Disciplina: Literatura
Série: 1º ano Turma: 113 Turno: matutino
Tempo: 45 min.
Data: 17.06.2011
I – ASSUNTO:
Literatura Brasileira: Barroco
II – Objetivo Específico:  Conhecer o movimento Barroco. Reconhecer o contexto histórico do Barroco. Conceituar o movimento Barroco. Identificar as características desse movimento. Diferenciar as ideias que motivaram esse movimento dos demais. Conhecer alguns autores dessa escola literária.
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 Analisar semanticamente o poema. Compreender o poema Explorar as características da obra “A instabilidade das cousas do mundo” de Gregório de Matos.
III – CONTEÚDO:
Barroco
O barroco está relacionado com as grandes mudanças ocorridas na Europa no século XVII, conflitos de ordem religiosa, econômica, social, e política.
Alguns fatos históricos importantes desse período: O término do ciclo das grandes navegações; O capitalismo mercantil está no seu auge; Lutero e Calvino lideraram a Reforma protestante; A igreja Católica, pelo concílio de Trento ( 1545), inicia a Contrareforma. A Companhia de Jesus (1534) domina o ensino.
O Barroco inicia-se em Portugal em 1580 com unificação da Península Ibérica se estende até 1756, com a fundação da Arcádia Lusitana ; no Brasil, tem seu marco cronológico em 1601,com o poema épico “ Prosopópeia”, de Bento Teixeira. Nesse período, o Brasil ainda se estrutura como país-colônia de base açucareira.
CONTEXTO LITERÁRIO:
Importante movimento artístico e cultural, o Barroco marcou profundamente a arquitetura, a música e a literatura. Opondo-se à estética de equilíbrio e harmonia do Classicismo, caracterizava-se por fortes contrastes e rebuscamentos, reflexos do estado interior do homem. Em meio a esse momento de dúvida, de questionamento, de oposição entre céu e terra, fé e razão, religioso e o profano,o escritor utiliza várias figuras de estilo.
Duas características principais definem o Barroco: Cultismo - jogo com figuras visuais, metáforas, hipérboles, antíteses, jogos com os sons das palavras- e o conceptismo- elementos intelectuais, ideias, conceitos, raciocínios.
PRINCIPAIS REPRESENTANTES:
Bento Teixeira e Gregório de Matos entre outros.

IV – CONTEÚDO INTERDISCIPLINAR:
Arte: Língua Portuguesa e História
V – PROCEDIMENTO METODOLÓGICO:
1º Momento: Saudação e Prática social inicial; começar as atividades apresentando aos alunos os objetivos, os tópicos e subtópicos da unidade que dará continuidade, e em seguida, dialogar com os alunos sobre o conteúdo que estudamos na aula anterior, a partir das seguintes perguntas: vocês lembram o que estudamos na aula anterior? O que foi o movimento Barroco? Vocês lembram conteúdo já estudamos? Qual o contexto histórico desse movimento? Quais suas características?...Aguardar as respostas dos alunos concernente o que já sabem, sobre o tema a ser trabalhado, para dar continuidade à aula.
2º Momento: Revisão da aula a anterior: Barroco, seu conceito e características e apresentar o texto para análise. Apresentar de uma situação-problema: colocar um desafio frente aos alunos ( o texto para analise) , para excitar sua curiosidade, incita-lhes a pensar, a procurar a solução de acordo com o tema já estudado. Para um diagnóstico do conhecimento que eles conhecem.
3º Momento: A partir do diagnóstico iniciar a análise semântica e estrutural do texto junto com a turma,a partir dos seguintes questionamentos: qual o entendimento que vocês tiveram do texto? Quais características estão presentes?
4º Momento: Atividade extraclasse sobre o assunto estudado e solicitar pesquisa sobre o próximo tema que será estudado.
6º Momento: Considerações finais
VI – RECURSOS:
Humanos: Professores e alunos.
Material: Quadro magnético, pincel atômico, apagador, papel A4, data shom.
VII – AVALIAÇÃO:
Critérios: Participação, interesse, socialização, integração e criticidade.
Instrumentos: Atividade conjunta, assimilação do conteúdo individualmente e interação com base nas perguntas solicitadas.

REFERÊNCIA:
INFANTE,Ulisses.Textos: Leituras e Escritas. São Paulo: Scipione,2000.

CEREJA, William Roberto. MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português Linguagens – Literatura – Produção de texto- Gramática. São Paulo: Atual Editora, 2005.
8 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante de todo o contexto que permeia a nossa atuação profissional, identificamos mediante esta vivência na escola a importância do constante aprimoramento dos conhecimentos da área, das necessidades sociais, da investigação da própria prática e a busca de temas atuais.
Nesta experiência ampliamos o significado da constituição de um profissional da área da educação. Consideramos que somente a formação acadêmica não confere subsídios para uma atuação efetivamente democrática e transformadora, e que estágios realizados nesses moldes podem complementar a formação acadêmica.
Com isso, afirmamos que foi bastante positiva a disciplina Estágio Supervisionado III: Docência em Literaturas de Língua portuguesa que possibilitou aos acadêmicos uma maior aproximação da sala de aula e um olhar mais abrangente do fazer pedagógico da instituição escolar.
Acreditamos que desde o início do curso fomos preparados para este momento de confronto com a realidade educacional dando-nos a possibilidade do contato com as situações vividas pelos professores dentro e fora de sala de aula, o que e como se ensina e assim construir conhecimentos do que é ser professor nas diversas modalidades de ensino.
Assim, as etapas que antecederam o contato com a realidade escolar como as leituras, reflexões, debates, elaboração do projeto de estágio foram de grande valia, pois embasados nelas tivemos menos dificuldades para entender a rotina escolar bem como perceber que teoria e prática precisam caminhar juntas se quisermos construir educação de qualidade.
Dessa forma com o Estágio Supervisionado III adquirimos experiência, fruto de reflexões do cotidiano escolar vivido pelos professores e na certeza de que o contato com a dinâmica escolar, a troca de experiência é a melhor forma para preparar futuros educadores.

REFERÊNCIAS
ANTUNES, Irandé. Aula de Português: Repensando o objeto de ensino de uma aula de português: São Paulo.Parábola, 2003.
AZZI, Roberta Gurgel; SYLVIA, Helena Sousa: IN. FERMINO, Fernando Sisto; OLIVEIRA,Gislene de Campos; TINI, Luila Dihel Tolaine. (Orgs.). Leituras De Psicologia Para Formação De Professores. 3ªed. Petrópolis: Vozes, 2004.
BARROS, Alexandre. Aprender na prática: Instituições que apostam em bons programas de estágio oferecem melhores perspectivas para os futuros profissionais de educação. NOVA ESCOLA. São Paulo: Abril, Nº 233. junho/ julho 2010, p. 104.
BUNZEN, Clécio; MENDONÇA, Márcia. [orgs.] Português no ensino médio e formação do professor. São Paulo: Parábola, 2006.
CEREJA, Roberto William; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português linguagens - Literatura – Produção de texto – Gramática. Volume I. São Paulo: Atual, 2005.
CAMPOS, Amélia Teixeira. DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS DA EDUCAÇÃO DOCENTE. Disponível em < http.www.fae.ufmg.br/livro_4PDF>. Acesso em 02 de junho de 2011.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação - PCN + Ensino Médio: Linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília: MEC - SEMTEC, 2002.
PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria do Socorro Lucena. Estágio e Docência: Docência em Formação Saberes Pedagógicos. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2004.p.(61-79).
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO . Letramento e Alfabetização/Língua Portuguesa: PNLD 2010. Guia do Livro Didático. Brasília: Secretaria de Educação BÁSICA, 2010.
SENADO FEDERAL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Brasília - DF: SEEP, 2009.

ANEXOS
Elevador
Ambiente para lanchar
Sala de aula climatizada.
Lanchonete
Espaço para recreação
Reprografia
Biblioteca informatizada
Várias literaturas disponíveis
Quadra poliesportiva.
Espaço para leitura
Laboratório de Informática

quarta-feira, 6 de julho de 2011

FOTOS DA OBSERVAÇÃO NO COLÉGIO EQUIPE MACAPÁ



CORREDOR ENTRE AS SALAS



ALUNAS DA TURMA 2101



ACESSO RESTRITO AS SALAS DE AULA




ALUNOS DURANTE O INTERVALO



TURMA 2101










RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO III: DOCÊNCIA EM LITERATURA DE LÍNGUA PORTUGUESA - COLÉGIO EQUIPE

IVANICE NAZARIO


JÉSSICA LUZ


RODRIGO BATISTA





1. APRESENTAÇÃO



Este relatório descreve as atividades realizadas no decorrer do Estágio Supervisionado III: docência em literaturas de língua portuguesa, do curso de Licenciatura em Letras Português/Francês e suas respectivas literaturas, do Instituto de Ensino Superior do Amapá-IESAP.


Idealiza-se o estágio como uma estratégia de efetivação das informações adquiridas nas aulas teóricas, pois estas dão subsídio para que se ponha em prática aquilo que contribuirá positivamente com o processo de formação dos futuros professores.


Para que os dados expostos neste relatório fossem coletados, realizaram-se atividades dentro e fora do âmbito acadêmico. O processo para a coleta de informações resultou na carga horária de 100h, que foi dividida por fases.


A primeira fase ocorreu no recinto acadêmico, onde os professores Mônica Chucre, Ronaldo Manassés e por fim Katiúscia Fernandes da Silva Dias (substituindo os demais) deram orientações relativas às apostilas e um filme que seriam o recurso teórico dos acadêmicos. Os temas abordados nas apostilas foram: “Formar leitores e tornar-se leitor – prioridade em qualquer nível escolar e na vida”, “O ensino de literatura”, “Literatura infantil: arte literária ou pedagógica?”, “A literatura infantojuvenil contra o bullying: estratégias e planos de ação” e o filme “Central do Brasil”.


No decorrer da segunda, dividiu-se os grupos, elaborou-se o ofício no qual constavam os tipos de atividades que seriam realizadas na escola-campo e onde também estavam relacionados os nomes dos acadêmicos. No entanto, a greve dos professores interferiu na observação e regência que aconteceriam nas escolas da rede pública. Por causa disso, houve alteração no procedimento do Estágio Supervisionado, e alguns acadêmicos tiveram que optar pelas instituições particulares para efetivarem seus estágios.


Na terceira fase, os acadêmicos elaboraram seus planos de aula e expuseram no próprio âmbito acadêmico o conteúdo a ser ministrado. Posteriormente houve contato com a coordenadora da escola-campo, a apresentação do ofício, encaminhamento para a sala de aula, contato com a professora e observação da turma, registro fotográfico do espaço escolar e da turma observada, e por fim, organização, preenchimento e assinatura das fichas.


Finalizando, a quarta fase é caracterizada pela ordenação dos dados obtidos, elaboração deste breve relatório que descreve os trabalhos realizados na instituição estagiada e na academia, e a confecção de um portfólio documental e alimentação do blog da turma.


Cada etapa do Estágio Supervisionado teve a intenção de subsidiar os acadêmicos nas atividades inerentes à regência da literatura no Ensino Médio. Partindo desse pressuposto, haveria a reflexão no que se refere ao exercício magisterial, desta forma, ocorreria o entendimento das ações relativas ao cotidiano da sala de aula.




















IDENTIFICAÇÃO DOS AUTORES



Ivanice Nazario de Carvalho nasceu em Macapá/Amapá no dia 02 de julho de 1989. Cursa o 6º Período de Letras Licenciatura Plena em Português/ Francês e respectivas Literaturas no IESAP. Estudou na extinta Escola Estadual Tia Teca, posteriormente foi transferida para a Escola Adventista de Macapá, concluiu o Ensino Fundamental e Médio na Escola Estadual Sebastiana Lenir de Almeida na cidade de Macapá, onde habita com seus pais e irmão. Durante cinco anos, do ano 2005 a 2010, foi voluntária do Clube de Desbravadores Estrela do Equador, onde.


Jessica Luz da Costa, nascida em 09 de janeiro de 1989, na cidade de Almeirim, Pará. Cursa o 6º período de Letras Licenciatura Plena em Português/ Francês e respectivas Literaturas no Iesap. Estudou na escola Maria de Nazaré Pereira e concluiu o Ensino Médio na escola Raimunda Virgolino. Seu objetivo profissional é se especializar em Psicolinguistica.



Rodrigo do Rosário Batista, nascido em 31 de março de 1984, na cidade de Macapá. Acadêmico do 6º período do curso de Letras Licenciatura Plena em Português/Francês e respectivas literaturas no IESAP. Deu início aos seus estudos na Escola Estadual Lobo D’almada e concluiu o Ensino Médio Colégio Sílvio Elito.












1.1. Identificação


Em 2007, um grupo de educadores com grande credibilidade perante a sociedade amapaense, uniu-se em torno de um ideal precioso, que resgatasse a qualidade em educação e possibilitasse ao aluno obter sucessos seletivos mais concorridos dentro e fora do Estado.


Nascia, assim, o CURSO EQUIPE MACAPÁ, que em pouco tempo se consolidou com a instituição de maior sucesso e credibilidade no segmento de pré-vestibular e concursos públicos.


Em 29 de janeiro de 2008, mais educadores somaram com essa Equipe para lançar um projeto ainda mais grandioso: o COLÉGIO EQUIPE MACAPÁ. Um colégio que nasceu com todo o sucesso, atuando no Ensino Fundamental e Ensino Médio, com objetivo de oferecer a sociedade amapaense um colégio que eduque para vida, fazendo com que o aluno cresça em todos os sentidos, críticos, éticos e conscientes dos direitos e deveres da coletividade onde os valores como esperança, solidariedade, justiça, amizade, honestidade, união, dedicação e a vontade de aprender e de construir um mundo melhor,


O colégio Equipe fica localizado na av. Presidente Vargas com Leopoldo Machado, 1429 no bairro Central.


Todo trabalho desenvolvido pelo colégio tem sido pautado na integração escola família, pois sabemos que os pais são os primeiros responsáveis pela educação dos filhos.


O colégio Equipe em 2008 iniciou com 300 alunos nos (ensinos Fundamental e Médio), a Equipe Técnica composta por: profª Helenice Marques, Diretora Pedagógica, profª Arcila Santos, Coordenadora Pedagógica, profª Nelma Sotão, Coordenadora Pedagógica.


A direção geral é composta pelo profº Antônio Carlos, profº Benedito Neri e profº Reinaldo. O setor administrativo se constitui por Samero Monteiro, Carla Magalhães, Luan Cabral e Fátima.


O quadro de professores é composto por 44 profissionais que buscam diariamente a capacitação para que possamos alcançar os objetivos propostos em nossa estrutura educacional. Nos dias atuais o colégio Equipe ampliou suas instalações, atendendo alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio, inovou com alta tecnologia nas salas de aula para que o processo ensino aprendizagem ocorra de maneira qualitativa e prazerosa para os nossos educados, buscando cada dia mais o conhecimento do mundo e a formação integral dos mesmos.



1.2. Referencial Teórico



Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB 9394/96, art. 35 – considera-se que o Ensino Médio é a última etapa da Educação Básica. O sistema educacional brasileiro passou por reformulações, a partir das décadas de 80 e 90. O Ministério da Educação comprometeu-se em garantir ensino básico de qualidade às crianças, jovens e adultos. Os incisos do artigo 35 disponibilizam três garantias ao educando, formação cidadã (incisos I e III), preparação para o trabalho (inciso II e IV) e para a continuidade dos estudos (incisos I,II e III).



Neste sentido, pode-se afirmar que os dispositivos da LDB têm sido intencionais, orientadores e genéricos e que partindo destes princípios definidos na LDB, o Ministério da Educação, chegou a um novo perfil para o currículo do ensino médio, apoiado em competências básicas para inserção dos jovens na vida adulta. (Francinete Braga, 2004)



Há inúmeras maneiras de trabalhar a Literatura no Ensino Médio, mas de modo geral, é preciso recriar novas técnicas no ensino dessa disciplina, tais como a adaptação de acordo com as necessidades do público juvenil, levando em conta a competência de ler e interpretar textos, o que se pretende não é fazer mudanças radicais no âmbito da literatura, mas dinamizá-la de modo que desperte o interesse do aluno adaptando suas leituras de acordo com sua realidade, para que possa sentir prazer em ler, ao invés de tratar a leitura como uma obrigação.


Outro fato importante é observar a postura do professor perante a sala de aula, se os adolescentes não gostam do conteúdo literário, é preciso despertar-lhes o empenho através de livros didáticos com diferentes textos teóricos relacionados aos temas abordados, formar leitores críticos é uma difícil tarefa, que exige exclusividade e dedicação especial do professor.


Durante a formação escolar no Ensino Médio, é essencial que diversos textos literários sejam trabalhados, dessa forma, o aluno percebe outros aspectos da Língua Portuguesa, ele identifica as peculiaridades dos gêneros lidos e das diferentes formas de decodificá-los. O professor desempenha um papel muito importante no que se refere ao incentivo à leitura e a conscientização de que as obras e textos literários auxiliam na elaboração textual, pois quem exercita a leitura, obtém mais conteúdos e estratégias linguísticas no momento em que se realizam as adaptações no decorrer da produção do texto.



A influência que o professor exerce no aluno deve ser utilizada de maneira positiva. Se pretendemos formar leitores, precisamos, antes de tudo, sermos assíduos leitores. Ninguém dá o que não possui ninguém ensina o que não conhece! (SCHMIDT, 2009)



Alguns autores propõem o que deve ser postulado no ensino de literatura por meio de uma nova perspectiva com a função de iniciar nos alunos leituras e suas definições, enfim mostrando-lhes que alguns textos são literários e outros não.


O gosto pela leitura começa com a escolha do conteúdo e como será trabalhado, ou seja, a prática de leitura em sala acaba se tornando cansativa se não houve uma diferenciação na leitura e produção escrita. É preciso ensinar Literatura, mas acima de tudo, é sucinto descrever esta ciência como mediadora do saber, como base para outras disciplinas, levando o aluno a crer que uma leitura prazerosa trás infinitas oportunidades, ensinando a ler, escrever e a pensar articuladamente.





2. RELATO DAS ATIVIDADES


No dia 10 de junho de 2011 foi feito o primeiro contato com a supervisora para averiguar a probabilidade de um futuro estágio no Colégio Equipe.


No dia 13 de junho houve observação do espaço escolar e da primeira aula de literatura administrada pela professora Maria Claudia Peixoto, na turma 2101. Nesta aula houve orientações para a resolução da atividade em dupla do caderno de questões (origens européias) da pág. 42(4ª questão), pág. 43(questões 5, 6, 7) e pág. 44.


Nesta atividade proposta houve leitura e explicação do texto Humanismo, abordagem de algumas figuras de linguagem e paradoxo, em uma das atividades incluía o texto a Barca do Inferno/ Inês Pereira, a professora passava em todas as mesas para tirar a dúvida dos alunos. No 2º horário houve a retomada da atividade, a turma encontrava-se agitada na volta do intervalo, apesar do movimento todos entregaram suas atividades.


No dia 20 de junho os acadêmicos de letras tiveram seu primeiro contato com a Diretora do Colégio Equipe para fornecer sua permissão ao registro fotográfico do espaço escolar e a segunda observação na aula de literatura, onde foi passada uma atividade de Revisão sobre o Humanismo e Trovadorismo.


No dia 21 houve o registro fotográfico e observação da escola campo e de seu funcionamento, o espaço é bem conservado e limpo pelos funcionários de hora em hora, em seguida o requerimento do plano de aula/ensino da matéria de Literatura.


No dia 22 de junho foram preenchidas as fichas de estágio junto com a assinatura da Coordenadora e da Profª Maria Claudia. Posteriormente tivemos uma entrevista com a secretária Maria de Fátima Lima que nos forneceu algumas informações sobre o espaço escolar do Colégio Equipe que possui 02 bibliotecas, 01 sala de informática, de vídeo e dança secretaria, direção, 03 supervisoras, orientadora, departamento financeiro e pessoal, lanchonete e sala de digitação. O Equipe Júnior possui 10 salas, Ensino Fundamental de 5ª a 8ª possui 07 salas e o Ensino Médio 06 salas.



3. CONSIDERAÇÕES FINAIS


Este estágio foi relevante para nós acadêmicos de Letras onde compreendemos o ensino em uma escola particular, observando algumas peculiaridades, como a postura dos alunos e docente em sala de aula. Uma vez que o estágio é o ponto de partida para um futuro docente, onde terá uma melhor visão do ato de ser professor percebendo a indissociabilidade entre teoria e prática, reforçando assim seus conhecimentos, vivenciando a realidade da profissão que deseja atuar.


No transcorrer do estágio constatou-se a efetivação do aprendizado obtido na escola estagiada através da desenvoltura dos acadêmicos com a realidade estudantil e com a rotina da instituição de ensino, este novo saber ofereceu uma visão multidimensional dos aspectos que interferem na especialidade do trabalho docente, e no processo de ensino e aprendizagem.


Com este estágio foi possível analisar o conteúdo programático das aulas de literatura, a postura da professora em sala de aula, a receptividade dos alunos e, sobretudo as avaliações críticas a respeito de métodos utilizados que contribuem ou inibem o aprendizado dos estudantes, nota-se também a grande diferença existente entre o ensino em uma instituição particular e o da rede pública, pois infelizmente isso foi constatado em termos de estrutura, equipamentos, segurança e conforto oferecido aos alunos e professores e até mesmo o maior empenho de todos os profissionais envolvidos neste processo.



REFERÊNCIAS


ALGO SOBRE VESTIBULAR E CONCURSO. Barroco. Disponível em: . Acesso em: 15 jun. 2011, às 09:00h.


BARTHES, Roland. UMA CRÍTICA SOBRE LITERATURA E ENSINO. Disponível em: <http://www.webartigos.com/articles/37912/1/O-Ensino-de-Literatura-nas-Escolas/pagina1.html>. Acesso em: 25 jun. 2011, às 17:50h.


COLEGIOWEB. Introdução ao Barroco. Disponível em: . Acesso em 12 jun. 2011, às 08:35h.


literatura no ensino médio: uma análise pedagógica. disponível em: <http://www.ichs.ufop.br/conifes/anais/EDU/edu2305.htm>. Acesso em: 25 jun. 2011, às 17:45h.


SUAPESQUISA. COM. Barroco. Disponível em: . Acesso em 12 jun. 2011, às 08:45h.


VERAS, Laurivania. O ENSINO DE LITERATURA NAS ESCOLAS. Disponível em: <http://www.webartigos.com>. Acesso em: 25 jun. 2011, às 18:15h.


WIKIPÉDIA. Bossa Nova. Disponível em: . Acesso em: 17 jun. 2011, às 18:00h.























domingo, 3 de julho de 2011

Alunos no corredor da Escola Raimunda dos Passos Santos
Estagiarias Leide e Suelen com a Profª Ramona Santana
Interagindo com os alunos
Estagiária Suelen ministrando sua aula de Literatura

Estagiária Leide ministrando sua aula de Literatura

sexta-feira, 1 de julho de 2011

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO III: DOCÊNCIA EM LITERATURA DE LÍNGUA PORTUGUESA

LEIDE ALVES DOS SANTOS DA COSTA

MARCELO DE JESUS CHUCRE

SUELEN ARAÚJO DA SILVA

TERMO DE APROVAÇÃO

Relatório Final de Estágio Supervisionado III: Docência em Literatura de Língua Portuguesa, apresentado ao Curso de Licenciatura Plena em Letras, do Instituto de Ensino Superior do Amapá – IESAP

DATA 15/06/2011

NOTA___________

( ) APROVADO ( ) INSUFICIENTE

__________________________________________________

PROFESSORA ORIENTADORA

RESPONSÁVEL PELO ESTÁGIO SUPERVISIONADO III

________________________________________________________________

COORDENAÇÃO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO III – NUPEC/IESAP

A todos que acreditam que a educação é o único caminho para a transformação social.

AGRADECIMENTOS

A Profª. Katiúscia Fernandes da silva, pelas orientações.

Aos colegas de curso pela amizade.

A todos que, direta ou indiretamente, colaboraram para a realização deste trabalho.

Ora, a leitura é a possibilidade de diálogo para além do tempo e do espaço; é o alargamento do mundo para além dos limites de nosso quarto, mesmo sem sairmos de casa; é a exploração de experiências as mais variadas, quando não as podemos realmente.

Luzia de Maria

INTRODUÇÃO

Dando conclusão ao trabalho do Estágio Supervisionado III: docência em Literaturas de Língua Portuguesa do curso de Licenciatura Plena em Letras Língua Portuguesa/Francesa e suas respectivas Literaturas, tendo em vista a necessidade de uma experiência prática onde aplicou-se grande parte dos fundamentos aprendidos ao longo das aulas de estágio com os princípios teóricos estudados, agora trabalhando em sala de aula, neste momento, aliou-se a teoria à prática, demonstrando, assim, o quanto é enriquecedor e importante esta etapa na formação acadêmica e profissional do futuro docente.

O Estágio Supervisionado III: docência em Literaturas de Língua Portuguesa foi realizado em turmas de 1ª e 2º série do Ensino Médio do primeiro turno da Escola Estadual Raimunda dos Passos Santos localizada na avenida: Lourenço de Sá nº2163 no bairro: Novo Horizonte, na cidade de Macapá, estado do Amapá. Esta etapa, com carga horária de 100 horas, iniciou no dia 02 de maio e terminou no dia 12 de maio de 2011, com carga horária semanal de 20 horas aulas.

O Estágio Supervisionado III teve o objetivo de observar e aplicar os conhecimentos adquiridos nas disciplinas estudadas, bem como confrontá-los com a prática pedagógica propriamente dita, buscando firmar uma prática que seja significativa.

Este relatório é composto da descrição das observações e das experiências vivenciadas no período de regência em sala de aula que se baseou nos quatro pilares da educação e também na tendência sociointeracionista do processo de ensino-aprendizagem.

1. IDENTIFICAÇÃO

Leide Alves dos Santos da costa, nascida em 13 de julho de 1981, na cidade de Macapá-Amapá, filha do pastor Clodoaldo Soares dos Santos e da dona de casaRosa Alves de Souza. Casada com o empreiteiro Antonio Leite da Costa, mãe de uma menina: Tayssa Leite da costa. Acadêmica do 6º Período do Curso de Letras Licenciatura Plena em Português/ Francês e respectivas Literaturas no IESAP. Deu início aos seus estudos na Escola Estadual Profª Ruth de Almeida Bezerra, concluindo o Ensino Médio na Escola Estadual Profª Esther da Silva Virgolino na cidade de Macapá, na qual reside com sua família.

Suelen Araújo da Silva, nascida em 30 de novembro de 1990, na cidade de Capanema-Pará, filha do autônomo José Ricardo Barbosa da Silva e da Professora Rosimeire Araújo da Silva. Acadêmica do 6º período do curso de Letras Licenciatura Plena em Português/Francês e respectivas literaturas no IESAP. Deu início aos seus estudos no Colégio Mundo Infantil, concluindo o Ensino Médio no Colégio São Pio X na cidade do Pará, onde reside com sua família.

2. REFERENCIAL TEORICO

Segundo Pimenta e Lima (2004), o estágio é a primeira etapa, que o acadêmico perpassa para criar sua identidade como educador. Para isso, as autoras tomam como base a psicologia social, o campo teórico da pedagogia e da didática e socializações dos Endipes (Encontros Nacionais de Didática e Pratica de Ensino). E para melhor compreensão do docente as autoras fazem algumas perguntas como:

Mas em que consiste a identidade docente? Com que elementos históricos e sociais, saberes e conhecimentos o professor constrói sua identidade? Qual a relação entre identidade e formação docente? De que maneira o estágio como componente curricular pode contribuir na construção da identidade docente? (PIMENTA e LIMA 2004).

Para elas, a psicologia social contribui na identidade do docente, quando este se ver no mundo social, que constantemente passa por modificações necessárias, e quando o acadêmico também, aprende a trocar experiências vivenciadas em cada estágio. Já na identidade profissional, os acadêmicos constroem sua identidade, a partir de seus conhecimentos teóricos e didáticos.

De acordo com as autoras é no estágio, que os acadêmicos começam a refletir e analisar sobre seu profissionalismo e o que o espera em uma sala de aula. Pimenta e Lima mostram que o fortalecimento da identidade também parte das condições de trabalho, do reconhecimento e valorização da profissão. O Endipe, por sua vez, trás para os acadêmicos e professores experiências para a construção de sua identidade, enquanto estagiário e orientador de estágio.

Considerando a abordagem das autoras, o estágio é de extrema importância para o docente, pois, através dele podemos conhecer o universo escolar, trocar experiências com outras pessoas e saber a direção a ser tomada, enquanto profissionais. Porém, a autora chama a atenção para os orientadores de estágio, para direcionarem os seus alunos, discutindo e mostrando para eles, quais os percalços da profissão. No entanto, só saberemos de fato o que é ser professor quando assumirmos tal profissão.

Segundo Navarro (2000) as diversas temáticas envolvendo os estágios supervisionados, contribuem para uma base sólida para a formação dos profissionais da educação apesar das dificuldades, considerando que nem sempre os professores e estagiários têm clareza sobre os objetivos que orientam suas ações no contexto escolar e no meio social onde se inserem, sobre os meios existentes para realizá-los, sobre os caminhos e procedimentos a seguir, ou seja, sobre os saberes de referência de sua ação pedagógica, faz sentido investir no processo de reflexão nas e das ações pedagógicas realizadas nos contextos escolares (apud PIMENTA; LIMA, 2004).

Na direção desse aprofundamento, Pimenta (1994) partindo de pesquisas realizadas em escola de formação de professores, introduz a discussão de práxis, na tentativa de superar a decantada dicotomia entre teoria e prática. Conclui que o estágio ao contrário do que se propugnava, não é atividade prática, mas teórica, instrumentalizadora da práxis docente, entendida esta como atividade de transformação da realidade. Nesse sentido, o estágio curricular é atividade teórica de conhecimento, fundamentação, diálogo e intervenção na realidade, esta, sim, objeto da práxis. Ou seja, é no contexto da sala de aula da escola, do sistema de ensino e da sociedade que a práxis se dá.

3. DETALHAMENTO DO ESTÁGIO

O Estágio Supervisionado III: docência em Literatura de Língua Portuguesa teve início no dia 17 de fevereiro e concluído no dia 30 de junho tendo uma carga horária de 100 horas/aulas. Onde desenvolveu-se atividades planejadas para ter-se acesso a teoria e prática.

O Estágio Supervisionado II foi desenvolvido a partir de atividades teóricas ampliadas dentro da instituição e foram relacionadas com atividades práticas realizadas no âmbito escolar.

3.1. Orientações teóricas no IESAP:

No dia 17 de fevereiro deu-se inicio a aula de estágio supervisionado III, onde nos foi apresentado os objetivos da disciplina. Na aula seguinte debatemos o texto “O ensino de Literatura” da autora Ione Maria. Ao longo das aulas assistimos ao filme Central do Brasil, fizemos uma análise do filme com o texto “Formar leitores e tornar-se leitor – prioridade em qualquer nível escolar e na vida” de Luiza de Maria, apresentamos Micro-aulas referentes ao ensino de literatura, discutimos sobre literatura infantil e fizemos uma análise de livros de Língua Portuguesa/ Literatura.

3.2. Observação do contexto escolar:

Um período onde tudo o que acontece é novidade, principalmente para estagiários que ainda não têm ou possuem pouca experiência em sala de aula. É um momento muito enriquecedor para todas as partes envolvidas, pois, é onde professores, estagiários e alunos estão se encontrando pela primeira vez, então é natural que haja um clima novo, de descoberta ou mesmo, de incertezas e dúvidas que ao longo do Estágio vai se quebrando e quando o trabalho está no ápice do desenvolvimento, é hora de encerrar.

A prática do estágio ocorreu do dia 02 a 12 de maio do ano 2011 na Escola Estadual Raimunda dos Passos Santos, sob a orientação da Professora Katiúscia Fernandes da Silva e realizada pelos acadêmicos Leide Alves dos Santos, Marcelo de Jesus Chucre e Suelen Araújo da Silva.

No dia 02 de maio, chegamos à escola e fomos recepcionados pela diretora adjunta Inez da F. Ramos que nos atendeu e nos apresentou a supervisora Leila Patrícia M. da Silva. A supervisora nos cedeu os horários do Ensino Médio, às 08h30min fomos encaminhadas para sala dos professores e apresentadas a professora Ramona Santana que nos recebeu muito bem e disse que nós poderíamos começar nossas observações no dia seguinte.

No dia seguinte voltamos à escola para observamos as aulas da professora Ramona Santana, a aula iniciou às 07h30min na turma 211 do 2° ano, a professora inicia lendo um texto juntamente com os alunos, tendo como instrumento o livro didático, logo após, ela faz uma análise do texto e corrige alguns exercícios, com pouca participação da turma. A segunda aula é iniciada com o assunto: Adjetivo/ Locução adjetiva, a professora pede que os alunos acompanhem no livro didático e pede que eles respondam as questões do livro na pagina 315. A terceira aula é ministrada na turma 112 do 1° ano onde se estende até a penúltima aula, é trabalhado o assunto Figuras de linguagem, a professora copia o assunto no quadro e os alunos registram no caderno. Logo após conversamos com a professora sobre que assunto iríamos ministrar nossas aulas.

No dia 04 de maio, observamos a aula da Professora Ramona na turma 211, a aula deu início às 09h00min, a docente fez a chamada, depois corrigiu o exercício proposto na aula anterior. Alguns alunos interagem e outros conversavam. Em seguida demos início ao nosso plano de aula para regência a se realizar no dia 12 de maio. No dia 05 de maio, observamos a aula de língua portuguesa nas turmas 211 e 112, a professora pede para os alunos que se dividem em grupos, após ela diz que vai corrigir os textos. A docente dar andamento a aula, dando as coordenadas a cada grupo para a execução dos seminários. Alguns alunos discutem sobre o tema proposto, outros apenas conversam sobre coisas corriqueiras.

3.3. Regência:

No dia 12 de maio, a estagiária Leide Alves ministrou a aula de literatura na turma 211, no 1º e 2º horário, com o assunto 2ª e 3ª Geração do Romantismo. A acadêmica iniciou a aula se apresentando, depois distribuiu as apostilas do referido assunto. A discente fez um pequeno resumo da 1ª Geração do Romantismo, assunto já ministrado pela professora Ramona. A estagiária leu, explicou e fez algumas indagações para que os alunos tivessem uma melhor compreensão do exposto.

Após a explicação acadêmica fez uma dinâmica para que os alunos formassem grupos aleatórios. Equipes formadas a discente leu duas poesias e pediu para que eles respondessem a atividade proposta. Ao contrário do que ela imaginava a maioria dos alunos participaram da aula. Ao termino da aula a estagiaria fez um sorteio de quatro livros, onde um grupo foi contemplado.

No dia 12 de maio a estagiária Suelen ministrou a aula de literatura para os alunos da turma 111, no 3° e 4° horário, com o assunto Trovadorismo. Ela iniciou a aula perguntando aos alunos se eles já tinham ouvido falar sobre o assunto e sobre as cantigas, em seguida copiou no quadro o assunto para que os alunos registrassem no caderno e logo após que os alunos terminaram de copiar, a acadêmica explicou e interagiu com a turma que colaborou respondendo as perguntas, em seguida distribui cópias do resumo do assunto e características de cada cantiga, contendo também a letra da música “Sozinho” de Caetano Veloso, que foi trabalhada em seguida.

A estagiária levou um gravador para que os alunos pudessem ouvir a música enquanto tiravam às características da cantiga, pouco depois, outra atividade foi proposta, os alunos puderam analisar e opinar sobre a influência da escola literária dentro da música e no estilo do autor, em seguida os alunos socializaram seus trabalhos e logo após um livro de literatura foi sorteado pela estagiária e a turma foi liberada para casa, pois não iam ter os últimos horários.

CONSIDERAÇÕES

Portanto, percebemos que todas as etapas do Estágio Supervisionado III foram importantes e enriquecedoras, mas nenhuma delas se compara aos momentos vividos numa sala de aula que, apesar da grande quantidade de alunos, requereu muito do estagiário. Encarar frente a frente toda a dialética educacional, os problemas, como atrasos, o calor, a falta de espaço.

Além disso, foi muito prazerosa a troca de conhecimentos, a atenção que disponibilizaram cada um do seu jeito, para melhor compreensão dos assuntos e dos temas abordados, embora uma pequena parte, ou seja, dois (02) ou três (03) alunos que em alguns momentos precisaram serem chamados a atenção.

Pode-se também observar que o retorno foi satisfatório não apenas pelo aprendizado, pelos gestos de aceitação, pelo retorno dado a cada atividade aplicada em sala de aula, via-se que a recíproca era verdadeira, uma vez que foi entregue todas as atividades produzidas pelos alunos que está anexado a este relatório e o balanço do mesmo foi muito satisfatório.

No começo os alunos ficaram meio desconfiados, uma vez que a professora estava sendo substituída por duas estagiárias. Iniciado os trabalhos e com o andamento das aulas foram adaptando-se à metodologia aplicada ao longo das aulas.

Procurou-se elaborar aulas diferenciadas que despertassem a curiosidade e atenção dos mesmos; percebeu-se também o interesse cada vez maior, a interação com os assuntos abordados e a relação de amizade com as estagiárias, explícitos nas palavras de apoio, nos elogios e o carinho demonstrado nesse período. As atividades dadas em sala de aula foram realizadas com êxito por parte dos discentes, criou-se ainda, um laço afetivo muito forte, fato que proporcionou o sucesso no processo de ensino-aprendizagem bem como o reconhecimento do trabalho, empenho e profissionalismo das estagiárias.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

MARIA, Luiza de. O clube do livro: ser leitor – que diferença faz?. São Paulo: Globo, 2009.

MARIA, Luiza de. Leitura e colheita: livros leitura e formação de leitores. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio de docência. São Paulo: Cortez, 2004.